Santo André, * *
Por: Viviane Barbosa, Redação do Sindserv Santo André
Publicação: 08/09/2021
Foto:Rogério
Ex-atleta pugilista olímpico e atualmente agente de
trânsito em Santo André, Rogério de Brito Dezorzi, é o nosso
entrevistado do mês. Com 31 anos de serviço
público, Rogério é casado com a professora Maria de Fátima e pai de
dois filhos.
Ele conta o que sentiu ao representar o nosso país nas Olimpíadas
nos Estados Unidos e na Espanha.“Tenho orgulho em ter representado
o Brasil”, destaca. Confira a seguir o nosso bate-papo:
Estopim: Quando você ingressou no serviço público em Santo
André?
Rogério de Brito Dezorzi: Entrei na Prefeitura de
Santo André em 1989/1990. Na época, eu era controlador de
transporte público. Não tinham os terminais de ônibus, como hoje, o
sistema funcionava em um terreno baldio. Os ônibus operavam 24
horas.
O público respeitava o nosso trabalho e as leis, hoje é mais
difícil, o pessoal parece que está na pressão.
Estopim: O que impactou no seu trabalho quando foi criado o
departamento de Trânsito de Santo André?
Rogério: Foi fundado em 1999. Os
condutores não respeitavam, nos chamavam de “guardinhas”. Então
quando começaram cair as autuações, mesmo assim esbravejavam,
queriam agredir a gente fisicamente, muita gente naquela época foi
agredida, mas eu não.
Estopim: O que te motivou a participar do movimento sindical e quais conquistas destaca?
Rogério: Lutar pelos direitos. Participo há muitos anos do
Sindicato. Até lembro que fui preso em uma greve nossa da Campanha
Salarial (risos). A conquista da Comissão, do nosso
estatuto do Trânsito, na gestão do Durval (atual Representante
Legal do Sindicato) são algumas conquistas importantes.
Rogér
Rogério participa das Olimpíadas de Atlanta e Barcela - foto:
arquivo pessoal
Estopim: Conta pra gente como foi a experiência de
participar de jogos olímpicos?
Rogério: Eu lutei boxe e participei dos
torneios olímpicos em Atlanta (EUA), 1992, e em Barcelona
(1996). A nossa seleção brasileira tinha um técnico cubano, que me
ajudou muito, principalmente na liberação junto ao Comitê Olímpico
Internacional (COI).
Competi nos campeonatos sul-americano, paulista e passei por todas
as etapas da seletiva. Na época, apenas dois lutadores iam para as
Olimpíadas. Tenho orgulho em ter representado o Brasil. Fui o
quinto melhor do mundo em Atlanta (EUA). Passei por muitas
dificuldades. O Brasil deveria valorizar mais os nossos
atletas.
Estopim: O que precisa melhorar hoje nas condições de
trabalho no Departamento de Trânsito e Transporte?
Rogério: Precisa mudar essa regra da aposentadoria. A Reforma de Paulo Serra é muito penosa para nós servidores. Essa aposentadoria aos 65 anos não dá. Temos uma companheira que tem 55 anos e quase foi atropelada por um ônibus. A nossa categoria está exposta a riscos, trabalhamos em condições insalubres, portanto, precisamos de regras diferenciadas, como aposentadoria especial.
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