Santo André, * *

8 de março: Pela Vida de Todas Mulheres: Resistiremos
O Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais realizará nesta terça-feira (9) protesto virtual em defesa da vacina, do SUS e do fim da violência na vida e no trabalho.

Por: Viviane Barbosa, Redação do Sindserv Santo André
Publicação: 08/03/2021

Imagem de 8 de março: Pela Vida de Todas Mulheres: Resistiremos

Nesta segunda-feira, 8 de março, é o Dia Internacional de Luta das Mulheres. Na luta pela vida e por condições dignas de sobrevivência, o Sindserv Santo André se soma ao mote da Campanha da CUT "Pela Vida das Mulheres, Resistiremos: contra a fome, a miséria e a violência! vacina para todas e todos, já e Fora Bolsonaro”.

O Dia Internacional de Luta das Mulheres é uma data de celebração, mas de resistência e luta em defesa dos direitos e das conquistas históricas das mulheres.

A pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 257 mil pessoas no Brasil, agravou a situação que já era ruim e aumentou a desigualdade entre homens e mulheres na vida e no trabalho e ainda aumentou a violência doméstica - a cada dois minutos uma mulher á agredida no país.

Em meio a esta tragédia, o descaso de Bolsonaro com a saúde dos brasileiros e a economia do país, torna a situação das mulheres ainda mais difícil. Elas não podem contar com políticas públicas em nenhuma área e têm de se virar como conseguem.

Programação on-line
O Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das Centrais Sindicais – CUT, CSB, CTB, Força Sindical, NCST e UGT -, realizará protesto virtual nesta terça-feira (9)  para reivindicar, além da defesa da vacina, do auxílio e do ’fora Bolsonaro’, a defesa do SUS e o fim da violência na vida e no trabalho.

“Em meio aos retrocessos sociais, econômicos, políticos e sanitários que assolam o país, as mulheres, em especial, as negras, são as mais atingidas. O desemprego causado pela pandemia trouxe marcas mais profundas para as mulheres e população negra e periférica, que historicamente sempre teve menos acesso aos postos de saúde, ao saneamento, às moradias dignas e às oportunidades de emprego. Com a chegada da Covid-19 essa desigualdade ficou mais acentuada”, diz trecho do Manifesto do Fórum.

A mobilização das sindicalistas terá a participação de três especialistas e também vai ter interação com o público, com perguntas ou comentários.

A economista, doutora em desenvolvimento econômico, pesquisadora e assessora sindical na área de trabalho e gênero, Marilane Teixeira, explicou que sua participação no ato das mulheres trabalhadoras tem como objetivo tentar compreender a persistência das diferenças salariais, da segregação, do que é trabalho feminino ou não, as elevadas taxas de desemprego entre as mulheres pretas e pobres. E abordar também o tema da Informalidade e precariedade e sobre o grande número de mulheres fora do mercado de trabalho.

Para ela, é preciso discutir esses temas a partir de uma perspectiva de como se articula duas dimensões importantes do capitalismo, que são a produção econômica e a reprodução social. Segundo ela, a produção econômica é a que se opera no mercado, bens e serviços e remunera. E a reprodução social, que é o cuidado que é mais designado às mulheres e muito menos valorizado.

“Nesta interação que se articula é que estão as desigualdades, as relações de opressão e de violência contra as mulheres. A discussão em relação da reprodução social e cuidados têm grande relevância no contexto atual de aprofundamento do neoliberalismo, políticas de austeridades e de crise”, explicou Marilane.

O ato político das mulheres da CUT e das Centrais também poderá ser assistido, a partir das 16h, no Facebook da CUT.




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