Santo André, * *
Por: Viviane Barbosa, da Redação do Sindserv Santo André
Publicação: 19/12/2025
capa da entrevista
Em entrevista ao jornalista
Carlos Carvalho, do Repórter Diário, realizada no
último dia 18, Durval Ludovico, Representante Legal, e Daisy Dias,
diretora financeira, falaram sobre o balanço das principais lutas
do Sindserv Santo André neste ano, em defesa das servidoras, dos
servidores e das pautas para 2026.
Confira abaixo os principais trechos da
entrevista:
Campanha Salarial
Daisy e Durval enfatizaram que 2025, primeiro ano da nova gestão
municipal — embora ainda seja uma continuidade do governo passado
—, foi muito difícil para todos os trabalhadores do serviço público
municipal de Santo André.
“Percebemos isso no nosso Acordo Coletivo. Notamos um certo conluio de outros municípios em oferecer um valor fixo para todas as cidades, e nós fomos pra cima contra isso. Conseguimos melhorar um pouco a nossa proposta, garantindo que não perdêssemos para a inflação do ano. Mas não foi fácil”, explicam Daisy e Durval.
Reclassificações
A luta em defesa das reclassificações começou no governo de Paulo
Serra. “Conseguimos avançar em várias categorias, mas ainda temos
cerca de 9 mil servidores e servidoras sem a devida valorização
salarial dentro da sua função. Organizamos, ao longo de 2025, um
ato na Câmara, pedindo aos vereadores apoio junto ao governo para
retomar as negociações. Divulgamos outdoors pelas ruas e avenidas
da cidade, fizemos camisetas e faixas. O governo não abriu mesa de
negociação. A dificuldade que sentimos é a falta de uma política de
valorização do servidor público na atual gestão. Seguimos na luta
para que a Prefeitura valorize o trabalhador e reabra as
negociações”, destaca Ludovico.
Concursos públicos
A diretora Daisy ressaltou que a Educação municipal de Santo
André está um caos em relação à falta de funcionários,
principalmente na Educação Inclusiva. A dirigente citou o caso dos
AIEs (Agentes de Inclusão Escolar), que estão sobrecarregados. “São
de 35 a 40 crianças com deficiência em uma sala, com poucos
profissionais. Isso é alarmante. Quando a criança não está sendo
bem atendida, é porque o prefeito não está investindo na
valorização do servidor”, afirma.
“Temos alertado sobre esse grave problema e conseguimos ser escutados. O prefeito anunciou a contratação de mais de 240 profissionais aprovados do último concurso. Diante da emergência e da falta de funcionários que temos vivido, estamos felizes com esse chamamento, porque ele é extremamente necessário”, frisa Daisy.
Durval completou afirmando que
o Sindserv Santo André segue na luta em defesa de mais concursos e
pela convocação dos profissionais aprovados no último concurso.
“Todos os setores da Prefeitura precisam de mais profissionais:
Assistência Social, áreas operacionais, RH, Saúde, Educação, GCM,
Craisa e Trânsito. A Prefeitura precisa, imediatamente, abrir novas
vagas, realizar novos concursos e, no mínimo, repor os
trabalhadores que saíram”, frisa Durval.
Saúde mental das servidoras e
servidores
A diretora Daisy falou sobre o lançamento da campanha do Sindserv
Santo André “Cuidar de Quem Cuida é Cuidar da Cidade Inteira” e
sobre os resultados da pesquisa, que revelou dados preocupantes
sobre o adoecimento dos servidores andreenses.
“Quase 80% dos servidores responderam que o maior problema que os faz adoecer é justamente a falta de trabalhadores. Outros 71% disseram que as condições de trabalho são o principal fator de adoecimento, e 88% já foram afastados do trabalho por cansaço mental. Conversamos com o governo e propusemos um plano de ação, mas os servidores ainda não sentiram melhora”, pontua a dirigente.
Estatuto da GCM
Ao ser questionado pelo jornalista Carlos Carvalho, do RD, sobre as
condições de trabalho da GCM em Santo André, Durval afirmou que
elas estão precarizadas.
“Ficamos sabendo que existem apenas duas viaturas para atender a cidade inteira no plantão noturno. Isso é um absurdo. Foi prometido, com a troca do secretário de Segurança Cidadã, um grande investimento na GCM, que ainda não ocorreu. E o Estatuto ficou parado no gabinete do prefeito. A situação da Guarda precisa melhorar com urgência”, pontua Durval.
O dirigente também destacou que outra luta do Sindicato é pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/2025, que visa alterar a Constituição Brasileira para incluir as Guardas Municipais no sistema de segurança pública.
Lei em defesa dos servidores com deficiência
e pais/mães atípicos (PCDs)
Durval relembrou a luta do Sindserv Santo André em defesa de uma
lei municipal que garante a redução da jornada de trabalho, sem
redução de vencimentos, para pais e mães de pessoas com
deficiência. A minuta da lei foi construída em conjunto pelo
Sindserv e pela gestão do governo passado.
“Essa lei era para ter sido sancionada no final
de 2024. No entanto, passou pela Secretaria de Jurídicos, foi para
o gabinete do prefeito e, com a mudança de gestão, segue travada. É
muito difícil para um pai ou uma mãe que trabalha e precisa
acompanhar a terapia do filho, que demanda atenção constante. Santo
André seria a primeira cidade a aplicar essa lei, mas hoje não
temos nenhuma projeção para que isso aconteça”, critica
Ludovico.
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