Santo André, * *
Por: Vanilda Oliveira, Redação CUT
Publicação: 01/12/2025
charge-Sindserv Santo André
Pesquisa Vox Populi encomendada pela CUT e Fundação Perseu Abramo, com apoio do Fórum das Centrais Sindicais e Dieese, aponta que 68% dos trabalhadores brasileiros, ou seja, quase sete em cada dez, consideram os sindicatos “importantes ou muito importantes”. A maioria (52%) também afirma estar satisfeita ou muito satisfeita com a atuação dos sindicatos e até entre os que se declaram empreenderes e autônomos quase metade (49%) gostaria de se filiar a um sindicato.
Sempre próximos da casa dos 70%, os números da pesquisa revelam que os entrevistados (68%) reconhecem o papel dos sindicatos para a melhoria de salários e condições de trabalho; avaliam (67,8%) que os sindicatos colaboram para melhoria das condições de vida dos trabalhadores; (67,1%) destacam a importância da negociação ou mediação entre os trabalhadores e as empresas e (64,3%) veem os sindicatos como defensores dos direitos da classe trabalhadora.
Esse índice de reconhecimento à importância dos sindicatos é ainda mais alto entre jovens e nas regiões Nordeste e Sul do país. A pesquisa Vox Populi/CUT perguntou como os sindicatos podem melhorar a sua atuação e o que deveriam fazer para representar melhor os seu filiados e obteve como respostas em destaque “estar mais presentes nos locais de trabalho (49,4%)”, melhorar a comunicação (37,5%) e oferecer cursos de qualificação (29,6%).
Os entrevistados também apontaram o que consideram prioridade
para a ação sindical melhores salários (63,8%); bons empregos
(36,6%); saúde e segurança (26,6%); redução da jornada (21%); e
combate à discriminação (18%).
O percentual de entrevistados que disse que, com certeza, se
filiaria a um sindicato (14,6%) é superior ao índice atual de
sindicalização. E ainda, outros 35,9% quando a afirmação é de que
poderiam participar. Entre os entrevistados que se declararam
autônomos e empreendedores, quase metade (49,6%) considera
importante ter um sindicato próprio.
Mais de 70% defendem o direito de greve e consideram legítimo participar de consultas públicas e votar em representantes que defendam sua categoria para cargos públicos (veja mais dados ao final do texto).
A pesquisa “O Trabalho e o Brasil” entrevistou 3.850 pessoas, presencialmente, em todo o país, entre maio e junho de 2025, com o objetivo de atualizar o conhecimento sobre o que pensa a classe trabalhadora brasileira, assalariados com e sem carteira assinada, autônomos, empreendedores, servidores públicos, plataformizados, desempregados e aposentados. Foram entrevistados PEAs (População Economicamente Ativa) e Não-PEAs, em entrevistas pessoais e domiciliares.A pesquisa foi desdobrada em vários eixos, para sistematização e análise em parceria com o Dieese, com o objetivo de captar e entender o cenário real da classe trabalhadora e do mundo do trabalho atual. É um levantamento amplo e detalhado.
Os eixos abordaram a questão do empreendedorismo e dos autônomos (como o trabalhador entende e se classifica nesse universo), como o trabalhador vê as condições de trabalho, a percepção atual sobre o emprego, jornada de trabalho, prioridades para ação sindical, políticas públicas voltadas ao trabalhador. Um dos destaques do levantamento aponta qual é a visão do trabalhador sobre a importância da formação profissional, da saúde e da segurança.
No eixo-recorte empreendedorismo, a pesquisa revelou que a maioria (56%) dos que hoje se declaram autônomos e já tiveram carteira de trabalho assinada afirmam que, com certeza, gostariam de voltar a ser celetista.
Importância dos sindicatos
A grande maioria considera os sindicatos “importantes” ou “muito importantes” para:
68% reconhecem o papel dos sindicatos na melhoria das condições de vida dos trabalhadores;
67,8% destacam a importância da negociação ou mediação entre os trabalhadores e as empresas 67,1% avaliam a importância das entidades para a melhoria dos salários e condições de trabalho; e
64,3% os veem como defensores dos direitos da classe trabalhadora.
O reconhecimento é especialmente alto entre jovens (74,6%; 72,1%; 74,4%;71,4%, respectivamente) e trabalhadores das regiões Nordeste (71,5%; 69,4%; 72,2%; 68,3, respectivamente) e Sul (69,6%; 70,8%; 68,6%; 66%, respectivamente), com percentuais acima da média nacional.
Contudo, mais da metade dos entrevistados (52,4%) afirma não conhecer as ações concretas da entidade que os representa.
Avaliação do trabalho sindical
52% estão satisfeitos ou muito satisfeitos com a atuação do sindicato;
Quando perguntados sobre o que os sindicatos deveriam fazer para representar melhor os trabalhadores, os principais apontamentos foram: estar mais presentes nos locais de trabalho (49,4%), melhorar a comunicação (37,5%) e oferecer cursos de qualificação (29,6%).
O que os sindicatos devem priorizar
As prioridades apontadas para a ação sindical:
melhores salários (63,8%);
bons empregos (36,6%); saúde e segurança (26,6%);
Por redução da jornada (21%); e
combate à discriminação (18%).
Sindicalização e disposição para se filiar
A taxa de sindicalização entre os entrevistados foi de (11,4%), mas há disposição potencial de adesão: 14,6% afirmaram que com certeza se filiariam, e 35,9% disseram que poderiam participar.
Entre autônomos e empreendedores, quase metade (49,6%) considera importante ter um sindicato próprio, revelando um campo de expansão e inovação da representação sindical.
É preciso destacar que, na legislação nacional há limites para organização sindical representar o conjunto da classe-que-vive-do-trabalho, dado que apenas formais e profissionais liberais podem ter organização sindical. Parte relevante da classe trabalhadora é informal.
Participação coletiva e mobilização
os dados indicam forte apoio à ação coletiva e à participação política:
mais de 70% defendem o direito de greve e consideram legítimo participar de consultas públicas e votar em representantes que defendam sua categoria para cargos públicos.
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