Faz três meses que o Sindserv Santo André aguarda uma resposta da Secretaria de Educação referente à visita técnica realizada com engenheiro do Trabalho do Sindicato, Gustavo José Miranda Senciales, na Creche Iara Baliero e Guaratinguetá I. A situação laboral dos profissionais da Educação nestas unidades é muito preocupante.

Devido às condições precárias de trabalho, professores e ADIs dessas creches estão se afastando por licenças médicas por problemas de ombro e coluna adquiridos no local de trabalho. 

O laudo do Sindserv apontou que a altura inadequada dos cadeirões utilizados para a refeição dos bebês está causando o adoecimento desses profissionais.

"Foi apurado que os cadeirões de alimentação são muito altos para o tamanho das professoras e ADIs que precisam carregar e levantar os bebês para alimentá-los nesse equipamento”, explica a diretora do Sindicato, a professora Mirvane Dias, que realizou a fiscalização junto com o Coordenador de de Saúde Ocupacional/Segurança no Trabalho do Sindicato, o GCM Wheber Lopes.

A diretora explica que  muitas das profissionais ficam nas pontas dos pés para conseguir fazer esse movimento. Os bebês também correm risco de acidentes, porque se levantam o tempo todo e os cintos de segurança não são apropriados.

Aumento de doenças no trabalho

A SE tem demonstrado preocupação com o número de absenteísmo dos profissionais da Educação, porém, não está oferecendo as condições de trabalho necessárias para os servidores da Educação.

 "Muitos educadores estão entrando em depressão. A Secretaria de Educação não cumpre as regras de ergonomia, não fornece luvas para troca do cocô dos bebês, o que gera uma série de doenças nos ADIs e professores. Têm professores sentando em cadeira para criança de 4 anos, isso tudo, gera faltas médicas e isso a Prefeitura não mostra”, desabafa a professora Mirvane.

 Laudo do Sindicato aponta sugestões de melhorias

O Engenheiro do Trabalho do Sindicato, José Miranda Senciales, apresentou um relatório detalhado com sugestões viáveis e rápidas para a solucionar os problemas na Creche Iara Baliero e Guaratinguetá I. Esse documento foi enviado 
para a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), CEREST (Centros de Referência em Saúde do Trabalhador) e para Secretaria de Educação, em 24 março. Mas até agora nenhuma providência foi tomada.

Exigimos solução urgente!
 
"Os afastamentos por licenças médicas por esse problema só aumentam. Mais uma vez, solicitamos à Secretaria de Educação que  tome providências com urgência para a resolução imediata nestas creches”, reforça a professora Mirvane Dias.
 

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