Santo André, * *
Por: Viviane Barbosa, da Redação do Sindserv Santo André
Publicação: 20/04/2022
A diretora Gabriela Mousse, diretor Rodrigo Gomes, o Representante Legal, Durval Silva e o diretor Amauri Francica conduzem assembleia no dia 19 de abril - foto: Viviane Barbosa/Mídia Consulte
Santo André | Os servidores andreenses
manterão a mobilização em defesa de uma reposição salarial justa e
farão novo ato público no Paço Municipal, no dia 28 de abril,
a partir das 14h e assembleia no auditório da Câmara Municipal, às
18h30.
Essa decisão foi aprovada pelos trabalhadores e trabalhadoras que
participaram da Assembleia híbrida (online e presencial) do
Sindserv Santo André, realizada na noite de terça-feira (19), na
sede da entidade.
Um dos pontos debatidos na assembleia foi a retomada da
negociação da Campanha Salarial entre o Sindicato e governo
Paulo Serra, realizada no último dia (14).
Após três atos públicos e paralisações organizadas pelo Sindserv, que reuniram mais de mil servidores, a Administração reabriu a mesa de negociação com o Sindserv.
No encontro, a Prefeitura sinalizou apresentar uma contraproposta de reposição para repor a defasagem salarial da categoria. No entanto, essa resposta do Paço não veio e os servidores decidiram aguardar até o dia (27).
“Vamos protocolar nesta quarta-feira (20) ofício para o prefeito Paulo Serra solicitando que essa resposta seja feita por escrito para que possamos lê-la na assembleia do dia 28 de abril”, informa o Representante Legal do Sindicato, Durval Ludovico Silva, que explicou que o Executivo pode editar uma Lei Complementar com um índice maior para os servidores.
Os servidores andreenses disseram que caso o governo
Paulo Serra não formalize uma contraproposta de reposição
salarial por escrito no prazo estipulado, a assembleia do dia (28)
poderá aprovar greve geral nas repartições públicas de Santo
André.
Ao microfone, o diretor do Sindicato, o professor
Rodrigo Gomes- foto: Viviane Barbosa
“Vamos manter a pressão e a nossa mobilização. É nosso direto
um reajuste salarial digno. O nosso ato será ainda maior no
dia 28. Participe e convide seu colega de trabalho”, disse o
diretor do Sindicato, o professor Rodrigo Gomes.
Pressão na Câmara
O Sindicato orientou que os servidores façam apelo aos
vereadores da Câmara Municipal, solicitando que que auxiliem na
luta pela reposição salarial. Também no dia (28)
dirigentes farão uso da Tribuna Livre para defender um
reajuste salarial digno para todos os servidores da ativa e
aposentados. Ações nas redes sociais serão intensificadas para dar
visibilidade para a luta dos trabalhadores.
A divulgação na imprensa local continuará sendo feita. O dirigente
Durval Ludovico Silva lamentou que o DGABC não
publicou nada a respeito da luta dos servidores andreenses,
que está forte a cada ato e paralisação. Na paralisação do dia 12
de abril, durante passeata os servidores chamaram o "DGABC de
Diário de Paulo Serra", porque mostra apenas a
"serrolândia" e não a dura realidade dos servidores andreenses
que trabalham em condições precárias, como por exemplo, recebem
como refeição marmitas com alimentos azedos e até com larvas pela
empresa terceirizada.
O jornal está recebendo informações do Sindserv, assim como toda
imprensa local, mas só noticia a cidade
vizinha de São Bernardo.
Ao microfone, a diretora do Sindicato, a professora
Gabriela Mousse - foto: Viviane Barbosa
Reposição dos dias parados
Na reunião entre o Sindicato e a Administração ficou acordado que
os servidores que participaram das paralisações e dos atos
públicos nos dias 10 e 31 de março e 12 de abril poderão fazer a
reposição.
Para isso, o Sindicato orienta que todos preencham o
requerimento de falta justificada com o motivo de
greve: código 170. A solicitação pode ser feita pelo site da
Prefeitura. Após preenchê-la, entregue para a chefia no seu
local de trabalho que orientará como serão feitas as reposições dos
dias parados.
Entenda a luta pela reposição da inflação
Desde o ano passado, o Sindserv Santo André está pressionando a
Prefeitura a apresentar uma proposta de reposição da inflação que
reponha a defasagem salarial da categoria nos últimos dois
anos. Após o Sindserv solicitar abertura, as negociações da
Campanha Salarial foram retomadas com a Administração em março
deste ano.
Depois de rodadas difíceis e tensas, a Prefeitura
apresentou ao Sindserv Santo André três propostas de reajuste
salarial: 1%; depois 6% (parcelado: 3% e 3% em setembro) e por
último 7% (dividida: 3% em maio e 4% em setembro. Na
negociação, Administração propôs aumentar a cesta básica que
passaria de R$ 110 para R$ 230, mas o pagamento só seria em
setembro.
Importante destacar que essas propostas só foram apresentadas por
pressão do Sindserv Santo André e das mobilizações dos
servidores.
Todos esses índices foram reprovados pelos servidores em
assembleias que consideraram insuficientes porque não repõem a
inflação do período da data-base da categoria, de maio de 2020 a
maio de 2022, que acumula 18,44%.
Embora os servidores tenham reprovado o último índice de 7%
parcelado, o prefeito Paulo Serra enviou a Lei Complementar
para a Câmara, que foi aprovada pela maioria dos vereadores da sua
base governista, e rompeu as negociações com o Sindicato.
Os servidores públicos das três esferas ficaram dois anos
sem reajuste por causa da vigência da nefasta Lei Complementar
173/2020 de Bolsonaro que congelou os reajustes nos salários e
biênios dos servidores públicos até 31 de dezembro de 2021.
A Prefeitura só retomou as negociações sobre o reajuste salarial
com o Sindserv porque sentiu a pressão da luta e da organização dos
servidores andreenses, que realizaram paralisações e mobilizações,
que reuniram mais de mil trabalhadores e trabalhadoras de todas as
secretarias e departamentos da Administração.
Juntos Somos Mais Fortes!
Participe das mobilizações do Sindicato e filie-se!
Fortaleça quem luta junto com você!
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