Santo André, * *
Por: Viviane Barbosa, da Redação do Sindserv Santo André
Publicação: 18/03/2022
Servidores aprovam paralisações nos locais de trabalho - foto: Valdir Lopes
Santo André | Os servidores andreenses farão paralisações nos locais de trabalho no dia 31 de março em protesto ao reajuste salarial vergonhoso de 7% parcelado em duas vezes (3% em maio e 4% em setembro) anunciado pelo prefeito Paulo Serra (PSDB).
Essa decisão da categoria foi aprovada em Assembleia do Sindserv Santo André realizada na tarde quinta-feira, dia (17), após o Projeto de Lei Complementar 10/22 de reajuste de Serra passar em segunda votação na Câmara Municipal.
A sessão foi relâmpago em menos de duas horas a maioria da bancada governista aprovou o PL de Serra, que foi enviado pelo Executivo na terça-feira (15). Mais uma vez, o chefe do Executivo ignora o diálogo com o Sindicato e desrespeita os servidores que já tinham reprovado esse índice parcelado em assembleia.
Antes da votação na Câmara, o vereador Ricardo Alvarez (PSOL) chegou a pedir o adiamento por uma sessão para que a mesa de negociações entre o Sindserv e a Prefeitura fosse retomada, mas a maioria dos vereadores rejeitou a proposta.
Também foi rejeitada uma emenda de Alvarez pedindo que o
reajuste fosse de 18,44%, percentual pedido pela categoria, baseado
em um estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos), que contempla a reposição
inflacionária do período da data-base dos servidores andreenses, ou
seja, de maio de 2020 a maio de 2022.
Como o governo tem a maioria, o PL foi aprovado por 17 votos
favoráveis e quatro contrários: Alvarez, Dr. Pedro Awada
(Patriota), Eduardo Leite e Wagner Lima (ambos do PT).
Os vereadores que se manifestaram contrários disseram que não poderiam aprovar um projeto “que não foi debatido e aprovado pelos servidores”. Nenhum vereador governista usou a tribuna para defender a proposta.
“Eu estou indignada, porque é um rompimento da mesa
de negociações que vinha tendo com o próprio secretariado do
prefeito. Não estamos pedindo o aumento real, pedimos o reajuste
integral pela inflação”, explicou a diretora do Sindserv Santo
André, a professora Daisy Dias, ao discursar na Tribuna Livre após
a votação relâmpago.
Reajuste de até 14% é mentira
A diretora do Sindserv Santo André, a professora Daisy
Dias - foto: Valdir Lopes
A diretora do Sindserv Santo André também esclareceu em sua fala à Tribuna que o reajuste divulgado por Paulo Serra à imprensa de até 14% é mentiroso.
“O prefeito disse à imprensa que o nosso
reajuste será de até 14%, mas isso é mentira! Ele englobou um
pequeno reajuste na cesta básica, que não incorpora
ao salário, (que só entrará em vigor em setembro) e não
contempla todos os servidores. Os aposentados ficarão de fora e são
os que mais precisam”, explicou a professora Daisy Dias no discurso
na Tribuna Livre.
Câmara virou “puxadinho” da Administração
Municipal
O Representante Legal do Sindserv Santo André, Durval
Ludovico Silva - Foto: Valdir Lopes
Depois que terminou a sessão relâmpago na Câmara, os dirigentes do Sindserv realizaram uma Assembleia no Paço, que reuniu servidores da Saúde, Educação, Semasa, Segurança, Serviço Funerário, Operacionais, Trânsito entre outras secretarias e autarquias da Prefeitura.
O Representante Legal do Sindserv Santo André, Durval Ludovico Silva, lamentou a aprovação do PL e disse que temas de interesse dos servidores públicos a Câmara não tem ouvido o Sindicato, somente quatro vereadores tem dado atenção.
“O mundo do Paulo Serra nas suas lives é muito bonito, mas no nosso faltam insumos nos postos de saúde e materiais nas escolas. Ele só pensa em eleger a sua esposa, não está interessado em administrar a nossa cidade. Infelizmente, a Câmara virou um puxadinho do Paço ”, desabafou o sindicalista.
Durante o ato, os dirigentes abriram o microfone para os
servidores manifestarem seu repúdio.
A merendeira, Aquila, fala a situação difícil dos
baixos salários das trabalhadoras - Foto: Valdir
Lopes
“Nosso salário é de R$ 1.300,00 que mal dá para comer. Pago
aluguel de R$ 750. Ou pagamos as contas ou comemos. Aí vem
o Prefeito e vai ao jornaleco falar um monte de mentiras. Só
vamos receber 4% de reajuste em setembro, porque os 3%,
que ele disse que será pago em maio, já foi confiscado no
aumento da alíquota da previdência. Temos que parar, só assim
seremos ouvidos”, desabafou a merendeira Aquila.
Professor Rodrigo Gomes - foto: Valdir Lopes
Politicagem quem faz é o prefeito
Os diretores e professores, Rodrigo Gomes e Gabriela Mousse,
rebateram durante a Assembleia as afirmações de Serra à imprensa de
que o “Sindicato faz politicagem”.
“Prefeito, o senhor irá pagar apenas 4%, porque os 3% o senhor já
confiscou no aumento da nossa alíquota da previdência, que
aconteceu no auge da pandemia de COVID-19! E ainda diz que nós
fazemos politicagem? Pessoal, o poder vem de nós. O Sindicato
e os servidores não irão abaixar a cabeça”, enfatizaram os
professores Rodrigo Gomes e Gabriela Mousse.
Diretora do Sindicato a professora Gabriela Mousse -
foto: Valdir Lopes
Servidores aprovam paralisações nos locais de trabalho - Foto:
Valdir Lopes
Paralisações nos setores e Ato Público no dia 31 de março
no Paço
Para fortalecer a luta em defesa da reposição integral da inflação de 18,44%, o Sindserv Santo André organizará paralisações nos locais de trabalho e um grande ato, no dia 31 de março, a partir das 17h, no Paço Municipal. “É possível um novo Projeto de Lei que recomponha a nossa reposição salarial, mas para isso, precisamos estar mobilizados e fazer paralisações de protesto”, enfatiza Ludovico.
Convide seu colega de trabalho para participar!
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