Santo André, * *
Sindserv cobra resposta do Acordo Coletivo e Reclassificações em Ato público
Para chamar atenção dessas lutas, o Sindserv Santo André realizou ato público no Paço Municipal e participou da Tribuna Livre, que depois de um ano e meio sem receber público por causa da pandemia de COVID-19 voltou às atividades.
Por: Viviane Barbosa, Redação do Sindserv Santo André
Publicação: 04/11/2021
Servidores e servidoras lutam pelas reclassificações - crédito: Tiago Oliver
Duas pautas do Sindserv Santo André foram destaque no Dia do Servidor Público, celebrado em 28 de outubro: a agilidade no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a data-base venceu em 1º de maio, e nos pedidos de Reclassificação Salarial das categorias que ainda não foram atendidas pela Administração Municipal.
Para chamar atenção dessas lutas, o Sindserv Santo André realizou ato público no Paço Municipal e participou da Tribuna Livre que, voltou às atividades depois de um ano e meio sem receber público por causa da pandemia de COVID-19.
As negociações do ACT continuam com a Administração, mas não tiveram avanços. O Sindicato está debatendo 33 pautas novas, aprovadas em assembleia, além da renovação das pautas antigas.
O entrave tem sido a Lei Complementar 173/2020, de autoria de Bolsonaro/Guedes, que congelou os aumentos salariais/biênios até janeiro de 2022. No entanto, a Administração Municipal sinalizou pagar a reposição salarial e os demais benefícios que estão congelados, mas até o momento não houve proposta satisfatória para categoria.
FALTA DIÁLOGO
Após o ato, dirigentes do Sindserv e 13 servidores
representando as Comissões das Reclassificações discursaram na
Tribunal Livre.
O primeiro orador foi o Representante Legal, Durval Ludovico Silva
(foto acima), que criticou a falta de diálogo dos vereadores
durante a votação da nefasta Reforma da Previdência de Paulo Serra,
aprovada no final de junho.
“Poucos vereadores desta casa nos ouviram. Fomos ouvidos
pelo Ricardo, Wagner, Pedro, Fernando e o Eduardo Leite. Os
demais não nos ouviram. Queremos discutir os problemas que
enfrentamos na nossa categoria e não ser pegos de surpresa, como
fomos com o projeto da Reforma da Previdência, que foi aprovado sem
diálogo e de forma rápida. Passado três meses dessa nova Lei,
nenhum servidor conseguiu se aposentar e, se conseguir, terá que
trabalhar 35 anos e não ter uma aposentadoria decente”, alerta.
Ludovico disse que não adianta no Dia do Servidor homenagearem a
categoria como “herói e anjo da guarda” se os vereadores não ouvem
os trabalhadores e trabalhadoras.
“Estamos negociando o nosso Acordo Coletivo de Trabalho e queremos que essa Casa nos ouça”, explica.
EMPATIA COM AS CATEGORIAS
Durval fez um apelo aos vereadores para que tenham “empatia” com as
categorias que lutam pela reclassificação salarial e reforçou que
essa foi uma promessa feita pelo prefeito de Santo André.
“Foi promessa de Paulo Serra, temos categorias com salários
defasados há mais de 15 anos. Peço aos senhores que nos ajudem a
conseguir as reclassificações”,reivindica.
Importante destacar que as mobilizações e protestos organizados
pelo Sindserv Santo André, em conjunto com as Comissões de
Servidores, resultaram na reclassificação de 19 carreiras que
foram contempladas na Lei nº 10.266, de 2019.
O prefeito Paulo Serra prometeu em Campanha Eleitoral de 2020 a
reclassificação das categorias que protocolaram pedidos.
Os vereadores, Wagner Lima (PT-foto), Ricardo Alvarez (PSOL), Eduardo Leite (PT) e Pedro Awada (Patriota) disseram que as reivindicações dos servidores são justas. O Sindserv está assessorando o pedido de reclassificações de 29 categorias, que foram protocolados à Administração Municipal.
Emenda à Lei Orçamentária
Os vereadores, Wagner Lima (PT), Ricardo Alvarez (PSOL), e Pedro Awada (Patriota) disseram que as reivindicações dos servidores são justas. Lima parabenizou a unidade dos servidores na luta por condições boas de trabalho. Colombo disse todo profissional precisa ser valorizado e que Paulo Serra irá debruçar novamente para dar atenção nesses casos.
No total, o Sindserv está assessorando 29 categorias, que foram protocolados à Administração são elas: Agente Ambiental Agente Cultural, Ajudantes Geral, Ajudante de Almoxarifado, Almoxarife Auxiliares Administrativo, Auxiliares de Recursos Humanos, Carpinteiros
Eletricista e Meio Oficial de Eletricista, Eletricista de Autos e Meio Oficial Eletricista de Autos, Encanador, Fiscais de Obra Pública, Funileiro, Jardineiro Lactaristas, Mecânicos de Autos, Mecânico de Máquinas Pesadas, Meio Oficial e Pintor de Autos, Motorista Paramentador, Operador de Máquinas, Paramentadores, Pedreiro e Meio Oficial, Pintor de Autos, Psicólogas, Servente Geral, Tapeceiro, Técnico de Edificações, Técnico Eletrônico e Técnico de Segurança do Trabalho.
Confira os discursos das categorias que lutam pelas
reclassificações:
“Nossa nobre profissão tem a missão de auxiliar na preservação da vida e saúde dos servidores. Promovemos a busca do acidente zero. Nossa categoria ganha menos no serviço público e processo de reclassificação parou por causa da pandemia”, explica o Técnico de Segurança do Trabalho, Leonid Drizlionoks.
“Muita gente não sabe como é o nosso serviço. Recolhemos corpos, os levamos para o IML e cemitérios. Por erro na nomenclatura ficamos da reclassificação de 2019. Trabalhamos 24 horas e estamos aqui lutando para melhore a nossa remuneração, somos os zeladores da cidade”, disse Alexandre Merchol Teodoro, Motorista Paramentador.
“Estamos desde 2010 reivindicando a reclassificação e contamos com o apoio dos senhores vereadores. Somos 84 profissionais responsáveis pela situação de 9 mil servidores. Todos temos a mesma atribuição e não há distinção entre os cargos, precisamos ser valorizados”, relata a Auxiliar de Recursos Humanos, Kelly Karollyne.
“Hoje ganhamos um pouco mais um salário mínimo, ou seja R$ 1630 por 40 horas; Recebemos menos que um estagiário e somos seus tutores. Nossa reclassificação não irar quebrar o caixa da prefeitura, isso é lenda.
Estamos cansados de sermos menosprezados e deixados de lado”, desabafa a Auxiliar Administrativo, Marta Aparecida de Cassia Santos, que tem 16 anos de Prefeitura.
“Hoje fazemos bico para completar a defasagem salarial,
muitos trazem aparelhos que a Administração não fornece e
investimos em cursos para atender a municipalidade”,
denuncia o Eletricista, Sebastião Falcão de
Araújo.
“Sou concursada e não comissionada. O aumento do custo de vida e da
inflação impactou no nosso salário, que está cada vez
desvalorizado. Ficamos mais no serviço público do que em nossas
casas. Não paramos na pandemia. Contamos com o apoio de todos os
senhores vereadores que amam a nossa cidade deem atenção ao nosso
pedido”, disse a Servente-Geral e diretora do Sindserv
Santo André, Cleide de Souza Pereira, que falou da importância da
criação de um Plano de Carreira para todos
servidores.
“Nossa profissão desempenhou papel importante nessa pandemia, que registrou aumento dos transtornos mentais e da violência doméstica. Protocolamos processo no RH, participamos de reuniões com Administração. Merecemos ser valorizados e ter condições de trabalho e salário”, disse Psicóloga, Aline Tambory de Oliveira.
“Fazemos consertos em máquinas hospitalares, cadeiras de rodas e de equipamentos públicos. Algumas obras que restauramos forma a pintura monumento ao trabalhador, da artista Tomie Ohtake, o Eu amo Santo André. A Prefeitura ao usar a nossa mão de obra contribuiu para redução de custos aos cofres públicos. Lutamos pela reclassificação para atualizar nossos salários”, enfatiza o Funileiro de Autos, Mecânico de Manutenção Automotiva Jorge Eduardo.
“Ficamos de fora do PLC 56/19 e aquela reclassificação criou subcategorias. O alto custo de vida, somado ao aumento do preço da gasolina (R$ 7 reais) e a inflação de quase 10%, têm piorado as condições de vida de todos nós trabalhadores”, disse o Técnico em Edificações, Geraldo Saturnino.
“Somos responsáveis pela zeladoria e fiscalização da coleta de lixo, do descarte de recursos sólidos e das estações de coleta. Peço a todos senhores e senhoras que façam Justiça com todas as categorias que aguardam feedback da Administração. É preciso que seja feita revisão de todas as categorias esquecidas no PLC 56/2019”, disse o diretor do Sindserv Santo André e Agente Ambiental no SEMASA, Clayton Mendes.
“Somos umas das categorias com os salários mais baixos da Prefeitura. Ganhamos R$ 1.594,00. Não paramos de trabalhar durante a pandemia de COVID-19. Nossa cidade ficou limpa e organizada. Pedimos aos senhores que agilizem o nosso pedido, porque lutamos por um salário digno”, disse a Servente Geral, Rosa Vilas Boas.
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Ato em defesa das reclassificações - 28 de Outubro de 2021 - fotos: Dino Santos -
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Ato em defesa das reclassificações - 28 de Outubro de 2021 - fotos: Dino Santos e Tiago Oliver -
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