Santo André, * *
Por: Viviane Barbosa, Redação do Sindserv Santo André
Publicação: 25/05/2021
Ato Paço Municipal em Defesa da Vida - Foto: Tiago Oliver
A Greve Sanitária pela Proteção da Saúde e da Vida contra o retorno presencial às unidades escolares municipais segue em Santo André.
Em Assembleia do Sindserv, realizada na noite de segunda-feira (24), os trabalhadores e trabalhadoras da Educação aprovaram a continuidade do movimento e a manutenção do ensino remoto a partir desta terça-feira (25) até que a Prefeitura e a Secretaria de Educação abram um canal de negociação com o Sindicato.
O Sindserv tomou conhecimento que a Secretaria de Educação está impedindo que os(as) professores(as) continuem com o ensino remoto. Isso é prejudicial aos estudantes que não voltaram ao presencial, além de desorganizar o ensino remoto.
A Greve Sanitária foi aprovada em Assembleia dos educadores andreenses, no último dia 13 de maio, em protesto ao Decreto Municipal 17.679 do Prefeito Paulo Serra (PSDB) que determina o retorno de forma gradual a partir do dia 24 de maio.
O retorno à sala de aula, segundo Paulo Serra, acontecerá em
etapas e não será obrigatório. Ele disse que voltariam
preferencialmente as professoras/professores que foram
vacinados. No entanto, o número de profissionais vacinados é
muito baixo. Hoje estão sendo vacinados educadores acima de 47
anos, muitos correm o risco de não receberem a segunda dose da
vacina, por causa da falta de insumos.
“A maioria dos trabalhadores e trabalhadoras da Educação aprovou em
assembleia a manutenção do ensino remoto para reforçar à
Administração Municipal que os profissionais não pararam de
trabalhar durante a pandemia de COVID-19", explica a
professora Daisy Dias, diretora do Sindserv Santo André.
Segundo a dirigente, o Sindicato exigirá da Prefeitura que forneça os equipamentos eletrônicos e tecnológicos necessários para os(as) professores(as) e para os(as) estudantes para qualificação desse ensino. "Muitos educadores compraram pagando do próprio bolso”, completa.
Sindicato protocola Aviso da Greve
Sanitária
O Sindicato protocolou, no último dia 14 de maio, ofício de greve
ao Prefeito Paulo Serra, ao Secretário de Administração, Pedro
Seno, e à Secretária de Educação, a professora Cleide
Bochixio.
No documento, o Sindicato pede a abertura de uma mesa de
negociação, até agora não teve retorno da Administração
Municipal.
Atos, Live e Canal de Denúncia
Foto: Tiago Oliver
Os trabalhadores e trabalhadoras da Educação, em conjunto com o Sindserv Santo André, também aprovaram em Assembleia uma agenda de atos, lives e elaboração de vídeos com denúncias de como estão realmente as condições das escolas na pandemia.
O Sindicato continuará realizando carreatas/atos públicos para
sensibilizar a população e a Administração Municipal sobre os
riscos à saúde e à vida de todos do retorno presencial sem a
vacinação de toda comunidade escolar e sem condições e protocolos
de segurança recomendadas pelos órgãos sanitários para combater a
proliferação do novo coronavírus.
O Sindicato e os educadores realizaram carreata no último dia 14 e
ato público no Paço Municipal, no dia 25 de maio.
Solidariedade aos alunos da EJA e famílias carentes
Outra ação aprovada na Assembleia dos Educadores foi a realização de uma Campanha de doação de alimentos para os alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos) e famílias carentes andreenses, que estão passando fome diante do agravamento da pandemia de COVID-19.
Entenda o que é a Greve Sanitária
A Greve Sanitária foi decretada porque os locais de trabalho, ou
seja, as escolas, não oferecem condições adequadas de segurança e
saúde para coibir a contaminação do novo coronavírus, que matou no
Brasil mais de 450 mil brasileiros e brasileiras. Só na região do
Grande ABC foram mais de oito mil óbitos em decorrência da
doença.
O Sindserv criou um Canal de Denúncias, no qual está recebendo reclamações que confirmam as preocupações dos educadores:
Muitas escolas não têm sabonete, produtos de higiene e infraestrutura para conter a pandemia de COVID-19;
Faltam profissionais de limpeza;
Salas pequenas sem ventilação natural, sem tomada, faltam materiais de limpeza/higiene pessoal, além de condições precárias de infraestrutura;
A Prefeitura não forneceu aos profissionais da Educação EPIs (Equipamento de Proteção Individual), como máscaras recomendadas pela OMS (N95 e PFF2);
Algumas unidades escolares são pequenas, os corredores estreitos e sem ventilação.
Os trabalhadores e trabalhadoras da Educação defendem o retorno à sala de aula com a garantia de todas as medidas e protocolos de segurança contra a Covid-19, testagem em massa, fornecimento de EPIS e vacinação para toda comunidade escolar.
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