Santo André, * *
Por: Viviane Barbosa, Redação do Sindserv Santo André
Publicação: 23/04/2021
Marta recebendo a primeira dose da coronavac - foto: arquivo pessoal
Com a finalidade de prestar uma homenagem aos servidores e
servidoras andreenses, que constroem diariamente a história da
nossa cidade, o Estopim contará neste espaço relatos inspiradores
de lutas e vida. A nossa entrevistada do mês é a Técnica de
Enfermagem, Marta Baptista, diretora do Sindserv Santo André, que
completará 41 anos de FAISA (Fundação de Assistência à Infância de
Santo André) em agosto. Ela mora há 50 anos em São Bernardo do
Campo e dedicou sua vida à Saúde em Santo André.
Corinthiana de coração e trabalhando na linha de frente no combate
ao novo coronavírus, Marta conta sobre a profissão, as conquistas
ao longo da carreira e a importância da vacinação neste momento
grave da pandemia de COVID-19 no país. Uma das qualidades que
aprecia no ser humano: a sinceridade, odeia
falsidade.
Confira:
Estopim Entrevista: Conte-nos sobre sua trajetória no
serviço público andreense.
Marta Baptista: Em 16 de agosto desse ano completo
41 anos de FAISA (Fundação de Assistência à Infância de Santo
André), uma entidade filantrópica localizada na Alameda Vieira de
Carvalho, no bairro Santa Terezinha- Santo André, que era custeada
pelo Lions Clube e pela Prefeitura. Sou formada em enfermagem
e fiz duas pós-graduações em Saúde Coletiva e Docência.
Hoje trabalho como técnica de Enfermagem na UPA Jardim Santo André.
Estopim: Quais momentos te marcaram durante sua vida
profissional dedicados a ajudar as pessoas?
Marta: Lembro que quando fiz 10 anos de FAISA foi feita uma festa
para mim na Prefeitura. Recebi uma homenagem em que o Dr. Emílio
(então diretor da entidade) falou um pouco sobre a minha trajetória
e me homenageou com uma medalha (foto), a qual guardo com muito
carinho e orgulho. Erámos muito respeitados, lembro com
saudades.
Estopim: O que motivou sua participação no
movimento sindical?
Marta: Ajudar as pessoas. Esta é a segunda vez que
participo do Sindicato. Minha prima, Lígia, foi uma das fundadoras
do Sindserv, hoje está aposentada. Uma conquista marcante foi o
direito ao descanso de duas horas no plantão. Antes tínhamos que
ficar acordados a noite inteira e esse direito foi conquistado por
meio de muita luta e diálogo permanente com Dr Homero, então
Secretário de Saúde (1997/2000) na gestão do prefeito Celso Daniel
(PT). Hoje temos lutado para manter esse descanso, porque ameaçam
tirá-lo.
Estopim: O que precisamos avançar em direitos para os
profissionais da saúde?
Marta: Uma das lutas é a redução da jornada de trabalho para 30
horas e o reconhecimento da profissão de auxiliar de enfermagem
para técnico de enfermagem. Muitos trabalham como técnico, mas
ainda estão como auxiliar.
Estopim: Estamos na pior fase da pandemia de
COVID-19. Nesses 41 anos de profissão, você já
vivenciou algo semelhante?
Marta: Nunca. Nem na época da epidemia de
meningite. Hoje perdemos muitos colegas de trabalho para esse
terrível vírus. Perdi uma colega na UPA Bangu, muito
triste.
Estopim: O que você sente mais falta antes da
pandemia?
Marta: Gosto de viajar e dançar. Antes desta
pandemia estava sempre junto com minhas amigas, nas folgas
sempre tínhamos algum programa.
Estopim: Você foi uma das profissionais da saúde vacinada.
Qual sua mensagem para essas pessoas que não acreditam que a
COVID-19 mata?
Marta: Foi uma glória ser vacinada. Estou
disposta, sigo mantendo todos os cuidados e realizo honradamente a
minha profissão, aqui na UPA Jardim Santo André. Onde trabalho tem
baile funk e vejo que muitos jovens não acreditam que a COVID-19
mata, é difícil. É sério ver uma pessoa sem condições de respirar,
você fica com vontade de respirar pela pessoa. Tenha fé e
esperança. Essa pandemia irá passar, se cuide!
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