Santo André, * *
Por: Viviane Barbosa, Redação do Sindserv Santo André
Publicação: 01/03/2021
card Sindserv Santo André
A Greve Sanitária em Defesa da Vida dos trabalhadores e trabalhadoras da Educação de Santo André agora acontecerá no dia 8 de março. A decisão foi aprovada por todos os profissionais da Educação em Assembleia do Sindserv Santo André, na noite de sexta-feira (26).
A Greve Sanitária é uma resposta ao Decreto Municipal 17.596, de 25 de fevereiro, assinado pelo prefeito Paulo Serra (PSDB) e pela Secretária de Educação, professora Cleide Bochixio, que limita a 50% o retorno presencial das atividades escolares para a rede de ensino municipal e estadual em Santo André de forma gradual, a partir de 8 de março, para os ensinos infantil, fundamental e médio.
Importante destacar que a Greve Sanitária estava programada para essa segunda-feira (1/3), e foi alterada em assembleia porque o prefeito resolveu “adiar para uma semana o retorno presencial” -- após o aumento de casos de COVID-19 na cidade.
Os profissionais da Educação reforçam que a Greve Sanitária será iniciada caso a Prefeitura torne o retorno presencial obrigatório, sem home-office/ensino remoto e sem vacinação para todos.
Os trabalhadores avaliam que é uma incoerência e falta de humanidade da Prefeitura propor esse Decreto em meio ao aumento da pandemia de COVID-19 na região do Grande ABC e no estado de São Paulo.
Santo André e mais quatro cidades estão em lockdown noturno deste o último sábado, justamente para reduzir os casos de COVID-19.
A região do ABC registrou recorde de mortes por Covid em fevereiro. Nos casos confirmados, fevereiro também apresentou crescimento no número de infectados: 17.091 contra 16.252 em janeiro. Foi o segundo mês com maior número de diagnósticos de coronavírus no ABC, depois de julho do ano passado, quando 19.595 testaram positivo, segundo levantamento do Repórter Diário.
Merendeiras e Lactaristas
O Sindicato fez pressão e as merendeiras e lactaristas, que voltariam ao trabalho nesta segunda-feira, agora farão suas atividades em home-office.
Todos os setores da Educação andreense irão aderir à Greve Sanitária: agentes de desenvolvimento infantil, educadores, professores, professoras, merendeiras, lactaristas, inspetores, e outras categorias da comunidade escolar.
Greve é direito Constitucional
Durante a Assembleia da Educação, dirigentes do Sindserv Santo André reforçaram que a Greve é um direito constitucional e que a luta é pela preservação da vida.
“Temos que resistir às pressões. Estamos deflagrando essa Greve Sanitária para proteger a nossa vida, dos nossos filhos, filhas, pais, alunos e colegas de trabalho contra a COVID-19. Nossa vida é mais importante e o nosso direito de greve está resguardado pela Constituição, que é a Lei maior do nosso país. É importante que todos nós estejamos unidos e o retorno à escola somente com condições sanitárias e vacinação para todos”, disse a diretora de Formação do Sindicato, a professora Gabriela Mousse.
Manutenção do trabalho home-office e ensino remoto
Os trabalhadores e trabalhadoras da Educação aprovaram a continuação do trabalho home-office e do ensino remoto até que todos profissionais sejam vacinados contra COVID-19.
Os profissionais da Educação defendem o retorno presencial nas escolas somente com garantia de todos de medidas sanitárias de segurança, infraestrutura adequada nas escolas e vacinação para todos.
Também reivindicam que sejam disponibilizados todos os protocolos sanitários de combate à COVID-19 nas escolas, EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e testagem em massa para todos profissionais.
Agenda de Lutas da Educação
O Sindserv Santo André enviará o aviso de *Greve Sanitária em Defesa da Vida* para Prefeitura, realizará semanalmente reuniões com todos os grupos de trabalhadores e trabalhadoras da Educação para organização do movimento.
Uma live também será promovida para esclarecer dúvidas dos
profissionais da Educação a respeito da Lei 7.783/1989, que
assegura o direito de greve, e também para alertar a situação atual
do aumento de casos de COVID-19 no Brasil, que atingiu a maior
média móvel semanal de mortes em toda a pandemia. O índice chegou
ao seu número mais alto: 1.205 óbitos por dia.
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