Santo André, * *

Em entrevista ao Repórter Diário, diretora do Sindserv explica motivos da Greve Sanitária da Educação
A principal motivação é a falta de resposta do governo diante aos protocolos de saúde.

Por: Amanda Lemos | Repórter Diário
Publicação: 24/02/2021

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Os trabalhadores que atuam na rede municipal de ensino de Santo André podem aderir a uma greve sanitária a partir do dia 1 de março, quando o prefeito Paulo Serra (PSDB) determinou o retorno das aulas híbridas – com revezamento para que os alunos cumpram parte das aulas presencialmente, conciliando com o sistema remoto.

A principal motivação, de acordo com a professora e diretora do Sindserv Santo André (Sindicato dos Servidores Públicos Santo André), Daisy Dias, é a falta de resposta do governo diante aos protocolos de saúde. “Muitas escolas não vão conseguir seguir o que os protocolos de saúde e segurança. O documento foi escrito por pessoas que não atuam diariamente dentro das escolas e não entendem as dificuldades destes espaços coletivos”, diz.

Mesmo com a limitação de 35% da capacidade de atendimento ao dia nas unidades escolares, a diretora do Sindserv defende que em uma parcela de escolas falta infraestrutura básica para acolhimento seguro dos estudantes. “Mesmo com o número reduzido de alunos, há escolas com problemas estruturais e faltam materiais básicos para proteção dos profissionais da Educação e dos alunos. Não há como voltar agora”, enfatiza.

Ainda de acordo com Daisy, os profissionais da área pedem inclusão no grupo prioritário de vacinação, antes mesmo de voltar para as salas de aula. “Não podemos colocar mais vidas em risco. Dos 2,5 mil profissionais que temos credenciados em rede, pouco mais de 600 já foram afastados, ao longo da pandemia, por algum tipo de comorbidade. O que acontece se essa situação se agravar com possíveis casos de contaminação?”, questiona.

Até o momento, ficou definido, em assembleia com mais de 300 profissionais da educação, que ocorrerá greve sanitária a partir de 1º de março, caso a situação não mude. O Sindicato aguarda contato da Secretaria da Educação para acordo com a categoria.

Assista à entrevista ao jornalista Leandro Amaral do RD:




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