Santo André, * *
Por: Redação Sindserv Santo André
Publicação: 08/10/2020
card MPT
Com a finalidade de alertar sobre as consequências do trabalho infantil, o Ministério Público do Trabalho lançou no último dia (6) uma nova campanha nas redes sociais e nas rádios de todo o país que reforça: viver a infância plenamente não é um privilégio, mas, sim, um direito.
Com histórias verídicas de vítimas que guardam sequelas até hoje de acidentes ocorridos enquanto trabalhavam na infância e na adolescência, o objetivo da campanha é alertar para as graves consequências do trabalho infantil. A campanha marcará o Dia das Crianças celebrado nesta segunda-feira (12).
A campanha conta com a parceria da Organização Internacional do Trabalho, da Justiça do Trabalho e do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), e dá continuidade ao alerta e à sensibilização promovidos pela campanha realizada em razão do Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, 12 de junho, quando houve o lançamento da música “Sementes” de autoria dos rappers Emicida e Drik Barbosa, que diz: “Se tem muita pressão/Não desenvolve a semente/É a mesma coisa com a gente/Que é pra ser gentil/Como flor é para florir/Mas sem água, sol e tempo/Que botão vai se abrir?/É muito triste, muito cedo/É muito covarde/Cortar infâncias pela metade/Pra ser um adulto, sem tumulto, não existe atalho/Em resumo/Crianças não tem trabalho não”…(trecho da canção).
Dados de acidentes
Nos últimos 12 anos o trabalho infantil provocou 46.507 acidentes de trabalho, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde – SINAN. Desses dados a média anual foi de 2.333 acidentes de trabalho graves e de 23,25 mortes em decorrência do trabalho infantil, mas o número pode ser ainda maior, uma vez que existe muita subnotificação.
Além disso, dos 27.924 acidentes graves ocorridos com crianças e adolescentes de 2007 até 2019, 10.338 atingiram a mão, causando 705 amputações traumáticas notificadas. Foram 15.147 acidentes com animais peçonhentos e pelo menos 3.176 casos registrados de intoxicação por agrotóxicos, produtos químicos e outros.
Para a procuradora Ana Maria Villa Real, coordenadora nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância), do MPT, “essas histórias reais comprovam mais uma vez que o trabalho infantil, para além de roubar infâncias, não é bom, não tem nada de nobre, causa acidentes graves e pode até matar".
A proteção integral à infância está fixada no artigo 227 da
Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente, que
asseguram a todas as crianças, adolescentes e jovens, com
prioridade absoluta, direitos inerentes à pessoa humana, tais como:
a vida, a saúde, a educação, a alimentação, o lazer, a dignidade, o
respeito, a cultura, a profissionalização e a convivência familiar
e comunitária.
CUT divulga LIVE sobre o tema
Assessoria de Comunicação e Imprensa -Mídia Consulte Comunicação & Marketing
WhatsApp: 55 + (11) 9+6948-7450
Editora e Assessora de Imprensa: Viviane Barbosa MTB 28121
Assessoria de Tecnologia da Informação e Website: Egberto Lima