Santo André, * *
Por: Viviane Barbosa, Redação Sindserv Santo André
Publicação: 20/07/2020
capa pesquisa
Uma pesquisa preliminar realizada pelo Sindserv Santo André mostra como estão as condições de trabalho da categoria da educação em meio à pandemia de COVID-19. O levantamento "A COVID-19 na educação e a segurança dos educadores e alunos" foi realizado na primeira quinzena de julho e recebeu 349 respostas de professores e servidores que atuam nas áreas administrativas/ operacionais (serviço de limpeza, inspetores, merendeiras e agente de desenvolvimento infantil) que trabalham em creches e EMEIEF (Escolas Municipais de Educação Infantil e Ensino) da cidade.
O objetivo do levantamento foi avaliar se a Prefeitura de Santo
André está disponibilizando os EPIs (Equipamentos de Proteção
Individual) para quem está trabalhando nas unidades escolares, como
é o caso dos setores operacionais/administrativos, bem como se
professores e demais profissionais da educação fizeram os testes de
COVID-19 anunciados pela Administração. Outros pontos avaliados
foram se houve casos de contaminação de coronavírus nos locais de
trabalho e a opinião sobre o retorno das aulas presenciais em
setembro, proposto pelo governador João Dória (PSDB).
Levantamento
A pesquisa do Sindicato revela que apenas os profissionais da educação que atuam nas áreas administrativas e operacionais estão trabalhando nas unidades escolares, ou seja, 21%, os demais 79% (professores) estão realizando as atividades de forma remota.
Com relação à frequência 52,9% dos servidores
(administrativos/operacionais) disseram que foram convocados a
trabalhar três vezes por semana; já 41,2% uma vez por semana
e apenas 5.9% todos os dias.
Outro dado relevante trata do fornecimento por parte da
Administração de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para
evitar a propagação do novo coronavírus, como: máscaras
descartáveis, luvas e álcool gel.
A pesquisa mostra que 63,6% dos servidores administrativos/operacionais não receberam da Prefeitura os EPIs necessários e somente 36,4% confirmaram o recebimento.
Testagem e retorno às aulas
A pesquisa também constatou que a grande maioria (95,7%) dos profissionais da educação (que inclui professores e servidores administrativos/operacionais) não fez o teste de COVID-19 divulgado pela Prefeitura e somente 4,3% fizeram.
Na pergunta espontânea feita pelo Sindicato: “Qual a sua opinião sobre o retorno às aulas”, a grande maioria manifestou preocupação com o retorno em setembro, afirmando que não se sente segura em trabalhar nas escolas/creches por causa da pandemia que continua elevada.
COVID-19: adoecimentos/afastamentos
Perguntado pelo Sindicato se fazem parte do grupo de risco da COVID-19, 69,7% (professores e servidores administrativos/operacionais) disseram que não integram esse grupo e somente 30,3% afirmaram que sim.
O Sindicato perguntou se os professores/educadores tomaram conhecimento de casos de COVID-19 entre os funcionários da escola na quarentena: 45,4% disseram que sim, 29,7% não e o restante não soube informar.
Ao responderem se tiveram conhecimento de
educadores/profissionais da educação que foram afastados por
estarem com COVID-19, 59,1% confirmaram que sim, 35,7%
disseram que não, 1% disse que está em home-office e o restante
desconhecem o fato.
Dinâmica das atividades escolares |
Professores
Perguntado aos professores se a Secretaria de Educação fez a consulta sobre a dinâmica de entrega de atividades feitas nas escolas durante a pandemia, 54,3% disseram que foram consultados pela SE, 15,9% informaram que não e 29,8% responderam que não são professores.
O Sindicato também perguntou se o professor/professora se sentiu contemplado sobre essa dinâmica da SE neste tempo de quarentena: 48% responderam que sim, 23,5% disseram que não e 28,5%responderam que não professores.
Também foi perguntado ao professor/professora se tiveram que ir às escolas na quarentena: 40,5% disseram que não foram convocados; somente 20,3% disseram que foram para organizar o material escolar e 3,9% disseram, pelo menos, uma vez por semana. A diferença, 35,5%, responderam que não professores.
Dinâmica das atividades escolares | Profissionais da
Educação
O Sindicato fez a mesma pergunta dos professores aos profissionais
da educação se foram consultados pela SE sobre a dinâmica de
entrega de atividades feitas nas escolas e 63,6% disseram que
sim e 36,4% não.
Avaliação do Sindserv Santo André
Para a Direção do Sindserv Santo André, o resultado da pesquisa
é preocupante e confirma as inúmeras denúncias feitas pela
categoria nestes últimos meses de pandemia que revelam as precárias
condições de trabalho às quais estão submetidos os profissionais da
educação andreense.
Outro dado relevante é a insegurança apontada pelos educadores de
que esse não é o momento de retornar às aulas presenciais, que
colocam a vida dos alunos, familiares e profissionais em
risco, porque a pandemia de COVID-19 continua elevada no país e nos
municípios. " Sabemos que a estrutura nas unidades mostra os
primeiros problemas, com espaços mal ventilados, muitas vezes
apertados, ambientes de alimentação que não condizem com as atuais
necessidades de distanciamento", aponta a Direção do Sindicato.
O Sindicato já manifestou essa preocupação em reunião com
Secretaria de Educação, no último dia 16, e cobrou que esse debate
sobre o retorno às aulas presenciais deve envolver os
professores e profissionais da educação.
O Sindicato defende que é fundamental assegurar as seguintes
medidas:
A garantia de segurança sanitária;
A testagem para todos (a começar pelos que estão em plantão
nas unidades);
Apoio estrutural e técnico nas atividades tecnológicas aos
profissionais, alunos e familiares;
Manutenção em trabalho remoto de todos os incluídos no grupo de
risco e o retorno somente após a anuência médica;
O fornecimento de todos os equipamentos necessários de
proteção às famílias e profissionais, com qualidade e quantidade
suficiente para os vários turnos;
Adequação total das unidades escolares de acordo com as
recomendações da OMS e a vacina para todos.
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Leia também:
Sindicato repudia retorno às aulas e pede a Secretaria de Educação
que profissionais da educação sejam ouvidos
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