Santo André, * *
Por: Viviane Barbosa, Redação Sindserv Santo André
Publicação: 25/06/2020
foto: STF
O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu em sessão virtual na quarta-feira (24) por 7 votos a 4 que é inconstitucional a redução de salário e jornada de trabalho para os servidores públicos municipais, estaduais e federal.
O último voto que restava ser proferido, do ministro-decano Celso de Mello, foi pela ilegalidade da redução.
Para nós do Sindserv Santo André essa decisão é uma vitória para todo o funcionalismo e para as entidades sindicais que vêm lutando há anos contra as ameaças de redução salarial e de direitos da categoria.
Esse julgamento do STF foi resultado de uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) 2238 ajuizada por três partidos políticos (PCdoB, PT e PSB) no ano passado.
Essa decisão, sem dúvida, ganha relevância nesse momento político no qual estamos vivendo no país com diversos ataques aos direitos da classe trabalhadora vindos do Congresso e dos governos municipais, estaduais e federal.
O ataque mais recente é a Lei Complementar nº 173, publicada no Diário Oficial no dia 28 de maio, que trata da ajuda financeira a estados e municípios diante da pandemia de COVID-19.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, proibiu o reajuste salarial para todos servidores até o final de 2021.
Vale lembrar que essa Lei antes mantinha o reajuste para os servidores de algumas categorias, mas seguindo a cartilha de Guedes que menospreza a importância do serviço público, e até nos chamou de parasitas, Bolsonaro congelou o salário, bem como qualquer promoção, progressão de carreira e novos concursos para servidores públicos.
A resposta do STF veio agora: Congelar salários é inconstitucional. Os servidores públicos estão desempenhando um papel essencial no combate à pandemia do novo Coronavírus e, portanto, é injusto que eles tenham seus salários congelados e seus direitos adquiridos, com muita luta, como a contagem de tempo de biênio, licença prêmio, por dois anos.
O ministro da economia trata os funcionários públicos como inimigos e ao mesmo tempo agrada banqueiros – que receberam R$ 1,2 trilhão dos cofres públicos – bem como grandes empresas, sonegadores de valores bilionários, que seguem sendo beneficiados com incentivos fiscais e outras benesses, mesmo que há anos sangrem os cofres públicos impunemente.
As medidas anti-servidores de Bolsonaro/Guedes são ainda mais cruéis se observarmos o contexto em que estão imersos os funcionários de serviços essenciais durante a pandemia, que sofrem com longas jornadas de trabalho, repartições públicas precárias, estresse, falta de equipamentos essenciais e adoecimento. Sem contar aqueles que perderam a vida. Afinal, os servidores públicos não podem ser penalizados por uma crise econômica e de saúde mundial.
Vencemos essa primeira batalha, mas não a guerra. Continuaremos atentos e responderemos com muita luta e mobilização quaisquer ataques aos nossos direitos. Os servidores merecem RESPEITO E VALORIZAÇÃO.
Nenhum Direito a Menos!
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