Santo André, * *
Por: Viviane Barbosa, Redação Sindserv Santo André
Publicação: 13/04/2020
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A Prefeitura de Santo André suspendeu na última quinta-feira (9) o contrato da empresa ASSERVO (terceirizada que cuida da limpeza das escolas e creches na cidade) e demitiu em massa 479 trabalhadoras. A decisão foi amparada no Decreto Municipal nº 17.343, de 3 de abril de 2020, que dispõe sobre a suspensão temporária dos contratos administrativos firmados com o município.
O Sindserv Santo André e os educadores da rede municipal manifestaram indignação e elaboraram uma carta, no último dia 9 de abril, que foi direcionada ao prefeito Paulo Serra e aos vereadores (abaixo) manifestando repúdio contra essa medida desumana, tomada em meio à situação de calamidade pública desencadeada pela contaminação do novo Coronavírus (COVID-19).
“Dispensar estes trabalhadores, que são pais e mães de família, só irá dificultar mais ainda a recuperação da economia. Temos que exigir que o governo federal dê incentivo aos Estados e municípios para que possam se manter durante esta crise, que é mundial. Um governo forte se faz com políticas públicas, socorrendo na hora em que a população mais necessita. E isso que temos que cobrar de todos os governantes de plantão, em todos os níveis”, reforça a Direção.
O Sindserv Santo André exige que a Prefeitura volte atrás com essa decisão desumana e recontrate as trabalhadoras do setor de limpeza, que podem ajudar neste momento de combate à propagação da COVID-19.
Leia a carta abaixo enviada ao Prefeito Paulo Serra e aos vereadores andreenses
Recebemos com espanto e indignação a notícia da demissão de
cerca de 500 trabalhadoras de conservação e limpeza das escolas e
creches municipais, entre outros equipamentos da prefeitura de
Santo André.
Temos acompanhado o desenrolar da crise sanitária e de saúde
pública por conta da COVID19 pelo mundo todo, inclusive na nossa
cidade de Santo André. Diferentemente do Governo Federal, aqui tem
se feito medidas necessárias para a contenção do vírus de forma a
abrandar a aceleração do processo de utilização do serviço público
e privado de saúde.
Entretanto, demitir 500 mães e pais de famílias, em meio a uma
crise econômica de origem global, é no mínimo muito desumano e um
péssimo exemplo de cidadania.
São trabalhadoras que ganham por volta de um salário mínimo e em
geral moram em todas as periferias de Santo André. É sobretudo no
setor mais sensível da cidade que vão recair essa crise agora. Sem
essa renda, há o temor de faltar alimentos na casa dessas
pessoas, o que é inimaginável qualquer governante fazer nesse tempo
em que vivemos.
Poderiam ser utilizadas outras alternativas como realocamento para
outras áreas da prefeitura que estão funcionando normalmente, nas
próprias escolas que estão fazendo distribuição de kits de
alimentação, bem como também em hospitais de campanha, que
precisarão ter o máximo de cuidado para nossa população.
Solicitamos a revisão dessa suspensão de contrato, que se abra a
negociação com a empresa ASSERVO e que faça a recontratação
imediata dessas funcionárias.
Atenciosamente,
FETAM - Federação dos Trabalhadores em
Administração Pública do Estado de SP
Sindserv Santo André - Sindicato dos Servidores Públicos
Municipais de Santo André
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