Santo André, * *
Por: Vanessa Barboza, Redação Sindserv Santo André
Publicação: 25/06/2019
Diretora do Sindserv Santo André, Junia Oliveira
O Sindserv Santo André participou de audiência pública na noite de segunda-feira (25) na Câmara Municipal para questionar os cortes do Consórcio Intermunicipal no orçamento do serviço que atende e acolhe as mulheres vítimas de violência e seus filhos. A audiência foi organizada pela Frente Regional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e reuniu também representantes de coletivos de mulheres e dos grupos de Promotoras Legais Populares da região. Participaram as dirigentes Junia Oliveira e Sônia Regina.
O Consórcio Intermunicipal, que atende duas casas abrigo do ABC (Santo André e Diadema), cortou cerca de R$ 500 mil do orçamento, aproximadamente um terço do valor aportado no serviço.
A diretora do Sindserv Santo André e GCM, Junia Oliveira, que faz parte do Conselho em defesa das Mulheres fez uso da palavra e defendeu que a redução da verba deve ser justificada. “Em 2009 e 2010 foram feitas as reformas das duas casas abrigo e eu fiz parte. Foi um trabalho muito bom. Hoje o que é oferecido para as mulheres nas casas abrigo me deixa extremamente triste. Essas casas viraram um depósito de mulheres. Antigamente tinha Guarda Municipal 24 horas, acompanhando a mulher e os filhos. Era oferecido cursos, as mulheres eram encaminhadas para empregos, com isso tinham chance de recomeçar. Qual a justifica do Consórcio para diminuir a verba? O que é oferecido hoje tem um custo muito menor do que era oferecido antigamente. É lamentável que a mulher continue sendo massacrada pelo sistema”, ponderou.
Segundo levantamento feito junto às Delegacias de Defesa da Mulher do ABC e compilado pela Frente Regional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, mostra que a violência contra o sexo feminino está aumentando; cresceu 33% entre 2016 e 2018. De janeiro a abril deste ano foram instaurados 174 inquéritos policiais sobre este tipo de violência, em Mauá foram 317 inquéritos e Santo André lidera com 440. Em todo ano passado foram 499 estupros no ABC e isso porque a maioria dos casos não são denunciados.
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