Santo André, * *
Por: Vanessa Barboza, Redação Sindserv Santo André
Publicação: 09/11/2018
Foto: Mídia Consulte
O Sindserv Santo André realizou um grande ato pela Reclassificação Salarial, 30 Horas e Vale-Refeição para todos na quinta-feira (8), na Câmara Municipal. Cerca de 200 servidores e servidoras de diversas categorias, entre eles, psicólogos, merendeiras e lactarias, auxiliares administrativos e odontológicos, operacionais, assistentes sociais lotaram o plenário da casa do povo andreense com faixas e cartazes com um só desejo: valorização.
Durante o ato, representantes das categorias fizeram uso da Tribuna Livre para pressionar o legislativo para avançar na pauta de reivindicações dos trabalhadores – algumas categorias estão há quase 30 anos desvalorizadas. Outro ponto em comum para todos que ganhou destaque no ato foi o vale-refeição, luta antiga dos servidores andreenses, que ainda sofrem com marmitas de péssima qualidade fornecidas por empresas terceirizadas.
Plano Geral de Reclassificação e Vale-Refeição
O diretor do Sindserv Santo André Rodrigo Gomes discursou na Tribuna e destacou que a Administração precisa criar um Plano Geral de Reclassificação Salarial para que todos os trabalhadores que estão com seus rendimentos defasados sejam valorizados. “O plano de carreira é fundamental para que os servidores possam ascender em suas profissões”, ressaltou.
Rodrigo Gomes, diretor do Sindicato
Gomes também cobrou novamente uma posição do legislativo sobre o vale-refeição. “A comida do Craisa é de boa qualidade, mas as terceirizadas não prestam. Tem trabalhador que acaba ficando com fome. Temos que dar dignidade para os servidores. Todas as prefeituras grandes como São Bernardo, São Paulo, Mauá, tem vale-refeição e apenas Santo André permanece nesse atraso. Marmita não, vale-refeição já!”, salientou.
O dirigente também ressaltou que enquanto houver categorias sem a devida valorização, o Sindicato vai continuar ocupando e lotando a Câmara para defender os servidores e servidoras.
Categorias fazem apelo ao governo
A assistente social, Janete Alves, falou sobre a reclassificação salarial da categoria, que está há quase 30 anos sem melhoria no piso – está é a terceira vez que a categoria fez uso da Tribuna. “Estivemos com secretário de inovação, Fernando Gomes, em 29 de outubro, que alegou que o governo tem dificuldade para realização da reclassificação. Em função disso, o secretário apresentou um estudo de ajuste de curva salarial, que contemple as categorias, mas isso será de forma escalonada. Essa proposta não se aproximará dos pedidos de reclassificação. Nosso prejuízo data de 1990 e nos deixou na tabela de menor vencimento da Prefeitura para cargos com exigência de nível superior. Diante disso, solicitamos que minimamente possamos ser elevados para a classe 12, atualmente estamos na faixa 11,pois isso vai comprometer menos o orçamento da Prefeitura. Vamos continuar nossa mobilização nessa casa e onde for necessário”, disse Janete. A trabalhadora também destacou que a luta ganhou peso com a participação do Sindicato.
Janete, assistente social
A auxiliar odontológica, Luciana Ramos, defendeu a pauta da categoria por melhoria salarial e enfatizou a importância dos trabalhadores da área. “Nossa profissão é regulamentada pela Lei 11889/2008 e, além disso, é obrigatório o registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO). Nosso trabalho é de proximidade com o profissional e o paciente, mesmo paramentados, estamos expostos aos agentes físicos, biológicos e químicos. Ainda é nossa função a lavagem, secagem dos instrumentários odontológicos, diante disso, estão expostos a objetivos infectantes. A biossegurança é item importantíssimo no nosso trabalho e de nossa responsabilidade, portanto, merecemos ser valorizados”, destacou Luciana.
Luciana, auxiliar odontológica
O psicólogo, William Cristoffer, enfatizou na Tribuna que valorizar o servidor é investir na qualidade do atendimento na cidade. “O próximo concurso para psicólogo na Câmara oferece R$ 6859 e o nosso salário é de R$ 4515, ou seja, o salário desse profissionais será 50% maior que o nosso. Diante disso, é possível que a Administração pague esse salário para a categoria, já que trabalho é igual. Além disso, nosso aperfeiçoamento profissional tem que ser constante, com que tempo vamos fazer isso? Profissionais estão adoecendo e se sentido desmotivados. Por isso, queremos a reclassificação salarial e a redução da jornada, que vai gerar uma melhoria no atendimento e não haverá prejuízo no atendimento”, ressaltou Cristoffer.
Cristoffer, psicólogo
O auxiliar administrativo, Eduardo Herceg, defendeu a unificação dos níveis da categoria, para evitar a desigualdade entre os trabalhadores, e a reclassificação do cargo para uma classe superior, o que vai gerar uma valorização justa. “Somos uma das maiores classes na Autarquia. Realizamos diversas funções indispensáveis ao funcionalismo público como atendimento, análise, resolução de processos administrativos e gerais, entre outros, porém diversos trabalhos fogem da alçada. Somos classificados em níveis 1,2 e 3 recebendo salários entre R$ 1574 até R$ 1969, mas na prática realizamos o mesmo serviço”, pontuou Eduardo.
Eduardo, auxiliar administrativo
A servente geral Jucilene Lima fez um discurso cativante na Tribuna Livre e ressaltou a importância da sua profissão para a cidade. “Aprendi desde quando tomei posse que estou aqui para servir, mas tenho que ficado muito triste com o salário que eu ganho, pois não consigo dar conta das minhas obrigações. Meus colegas e minhas colegas assim como eu, amam o que fazem. Somos da limpeza e somos importantes para o trabalho de todos, pois limpamos banheiro, chão, tiramos o lixo, fazemos café com muito amor. Por isso, precisamos ser valorizados”, enfatizou Jucilene.
Jucilene, servente geral
A merendeira Eliana Santana falou da exaustiva jornada das trabalhadoras que passam 8 horas em pé e cobrou sensibilidade do legislativo na luta pelas 30 horas. “Estamos sobrecarregadas e com isso temos problemas emocionais e de saúde, como a LER DORT, que é por conta do esforço repetitivo. Nós contribuímos para o futuro das crianças, auxiliamos também nas atividades pedagógicas como pegar os talheres, evitar o desperdício e incluindo aos hábitos alimentares saudáveis. Nossa rotina inclui receber as mercadorias, conferir, armazenar, higienizar, preparar, servir e higienizar os utensílios. Nós merendeiras, lactaristas, cozinheiras e auxiliares sozinhas não chegaremos a lugar algum se o executivo não olhar para gente”, disse Eliana.
Eliana, merendeira
Resposta do governo
Ao fim da Tribuna, o líder do governo na Câmara, o vereador Pedrinho Botaro (PSDB), disse que o prefeito Paulo Serra e o secretário de Inovação, Fernando Gomes, estão comprometidos em conversar com as categorias. “O governo sabe do apelo dos trabalhadores e pretende contemplar todos”, finalizou Botaro.
Luta é para todos
O Sindserv Santo André tem realizado reuniões com a assessoria jurídica e Tribunas Livres para conscientizar o legislativo sobre a necessidade de atender as pautas dos servidores e servidoras andreenses. O Sindicato intensificará a luta para que todas as categorias que buscam reclassificação salarial sejam atendidas. Atualmente, o Sindicato está batalhando por 30 categorias.
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