Mais de 1000 servidores participam do ato do Sindserv Santo André - Foto: Dino Santos/Mídia Consulte

O primeiro grande ato da Campanha Salarial do Sindserv Santo André foi emocionante e representativo. Mais de 1000 servidores e servidoras, grande parte da Educação, e de setores como Sosp, Saúde, Guarda, Mobilidade Urbana, Trânsito, SAMU e Paço foram ao ato realizado na noite de sexta-feira (25) que percorreu as principais ruas do centro da cidade. 

Durante a caminhada, no caminhão de som, os dirigentes manifestaram o sentimento da categoria, que está em Campanha Salarial, sobre o descaso do governo Paulo Serra, que não tem avançado na pauta de reivindicações. 

No destaque, Rodrigo Gomes - Foto: Dino Santos/Mídia Consulte

"Estamos aqui para cobrar a promessa de Paulo Serra de que nos pagaria o nosso retroativo da Campanha passada. Quanto mais demora para fechar o nosso Acordo, o governo cria um débito com os trabalhadores públicos ", disse Durval Ludovico, representante legal do Sindicato e funcionário na Sosp Las Vegas, que também classificou como "ato canalha" quem fixou nas escolas faixas dizendo que o Sindicato é de partido  A ou B. "O dono do Sindserv são todos os funcionários públicos andreenses", rebateu.

No destaque, Daisy Dias - foto: Dino Santos/Mídia Consulte

O educador e diretor financeiro do Sindicato, Rodrigo Gomes Abreu, que teve um papel fundamental na paralisação na Educação, disse com orgulho que esse é o maior ato do Sindicato da Campanha Salarial.  "Todos estão de parabéns. Se a Prefeitura continuar sendo intransigente, com medidas de intimidação, como foram as faixas fixadas em algumas unidades escolares hoje, vamos aumentar cada vez a nossa mobilização", alertou.

O diretor do Sindicato e trabalhador na Craisa, Wagner Nascimento, falou que a Prefeitura de Santo André viu no ato a 'força dos trabalhadores públicos'. 

No destaque, Wagner Nascimento - foto: Dino Santos/Mídia Consulte

"Se o Paulinho não está (Prefeito está em viagem à Itália) quem responde é o Zacarias ou o Fernando Gomes, alguém desse governo tem que nos atender. Vamos lutar até o fim pelos nossos direitos, não aceitaremos nenhum direito a menos e nem repressão. Hoje a resposta está aqui e estamos seguimos o exemplo dos caminhoneiros", ressalta.

A professora e diretora do Sindserv, Daisy Dias, parabenizou os servidores que demonstraram força e coragem diante das ameaças e arbitrariedades da Secretaria de Educação e do governo.

"Quem é da Educação, levanta a mão aí! Estão todos de Parabéns! Está vendo Rodrigo esse é o reconhecimento do nosso trabalho de base! Se a Administração acha que vai  amedrontar a  gente, está enganada. Vamos criar mais força", disse.

A educadora também criticou àqueles que de 'forma ridícula' queriam  aliar o movimento a um partido político. "Nosso partido é o trabalhador! Governos passam, mas os servidores permanecem lutando na cidade", ressalta.

Servidores aprovam assembleia no dia 30 de maio 

No final do ato, os servidores andreenses aprovaram a realização de uma assembleia geral na próxima quarta-feira (30) no Paço Municipal. Nesta data, a categoria vai avaliar o resultado da 6ª rodada de negociação da Campanha Salarial com a Prefeitura, que ocorrerá na terça-feira (29). O Prefeito Paulo Serra deve acompanhar a rodada, após retorno de sua viagem a Turim, na Itália.

O Sindserv Santo André não descarta a possibilidade de uma greve geral em todos os setores do funcionalismo, caso a Administração não apresente avanços na pauta dos trabalhadores, principalmente, no pagamento do retroativo nos salários da Campanha 2017 -- promessa feita por Paulo Serra.

Educação encabeça paralisação 

A maior adesão da paralisação em Santo André foi do setor da educação. Segundo o Sindicato, 80% das unidades escolares e  creches aderiram ao movimento paredista em defesa dos direitos na Campanha Salarial. Paralisações pontuais também aconteceram durante a semana nas unidades da Sosp Las Vegas, Guarará, Fabrinq, Craisa, Guarda, Saúde e Paço.

O Sindicato  informa que até o momento as negociações da Campanha Salarial 2018 com a Prefeitura não avançaram e os servidores andreenses continuam a luta pelo reajuste de 3,07% (reposição da inflação calculada pelo IPC/DI- FGV) e também pela  incorporação de R$ 100,00 nos salários (proposta que contemplaria o retroativo da Campanha Salarial do ano passado. 

No destaque, Durval Ludovico - foto: Dino Santos/Mídia Consulte 

A categoria também reivindica que a Prefeitura aumente o valor da cesta básica para R$ 110,00 até a tabela 6, que beneficiaria cerca de 5 mil servidores. 

Outras reivindicações que constam na pauta do Sindicato:

Mudança na concessão do VT em dinheiro, respeitando o direito de escolha do servidor;
Manutenção da 1ª parcela do 13º no mês de junho;
Fim das marmitex (hoje são de péssima qualidade, chegam azedas e até com larvas) para a implantação do Vale-Refeição;
Criação do Estatuto conforme preconiza o Plano Municipal de Educação e cumprimento da Lei de 1/3 para os professores;
Mudança no requerimento para coibir descontos indevidos na folha de pagamento;
Aumento de folgas abonadas de 4 para 12 e que a 5ª folga, batizada de “Happy Day”, seja tirada no mês de aniversário do servidor e servidora ou no primeiro dia útil subsequente trabalhado; 
Que a Administração proponha ações que combatam o assédio moral e sexual nos locais de trabalho;
Implantação da jornada de 30 horas para os trabalhadores na saúde.

Fotos: Dino Santos/Mídia Consulte

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