Santo André, * *
Por: Redação Sindserv Santo André
Publicação: 20/02/2018
Foto: Thifany Silva
A reunião entre o Sindserv Santo André e a Prefeitura para
tratar sobre a situação da assistência médica e hospitalar dos
funcionários públicos foi acirrada. Os dirigentes do Sindicato
foram recebidos na segunda-feira (19), no Paço Municipal, por
Fernando Gomes, Secretário de Inovação e Administração e
Leandro Petrin, Secretário Municipal, Superintendente de
Planejamento e Assuntos Estratégicos. Também participaram da
reunião uma comissão de servidores inativos e os vereadores
Elian Santana, Toninho de Jesus , Pedrinho Botaro, Almir
Cicote e Tonho da Lagoa.
O Sindicato deixou claro, mais uma vez, que até agora não houve
negociação para muitas decisões que atingem diretamente os
servidores. "As decisões do Governo têm sido tomadas de cima para
baixo, impostas e sem consulta com o trabalhador, e em todas essas,
nenhuma tem sido benéfica para os servidores. Ao contrário, tem
tirado o pouco que já temos, como foi o caso do Vale-Transporte e
dos descontos arbitrários em folha de pagamento. Além disso,
não teve negociação com a atual gestora do convênio”, destaca
a Direção do Sindserv Santo André.
Sindicato exige cancelamento do Pregão
Na reunião, o Sindicato reforçou a vontade do funcionalismo
andreense pelo cancelamento do Pregão de Licitação e por um
convênio médico de qualidade para todos. Também deixou claro que o
processo de licitação seja impugnado, porque não houve debate
aprofundado das necessidade de mudança e muito menos os servidores
públicos, principal parte envolvida, não foi consultada.
A direção do Sindserv também abordou alguns aspectos do processo do
Pregão, da situação inidônea da GreenLine em outro município, além
das reclamações na Agência Nacional de Saúde, que são muitas. No
entanto, o secretário Leandro Petrin defendeu o processo
licitatório.
Desgaste do Governo
Alguns vereadores pontuaram nesta reunião que não precisaria ter
esse desgaste se houvesse consulta aos trabalhadores. “Aconteceu a
mesma situação com a população no fechamento das UPAS e Postos de
Saúde e do aumento do IPTU, no qual a população não foi consultada,
causando um desgaste enorme", frisam.
No entanto, a resposta da Prefeitura foi clara: se a documentação
da GreenLine estiver correta, a operadora assume a assistência
médica. Vale lembrar que as operadoras Intermédica Notre Dame e a
Bio Saúde entraram com recursos pedindo a impugnação do Pregão.
Mobilização permanente
Mais de 300 pessoas saíram às ruas de Santo André no último domingo
(18/02) para repudiar a escolha da GreenLine para o atendimento
médico e hospitalar na cidade. Essa mobilização faz parte da
Jornada de Lutas em defesa de uma Assistência de Qualidade,
organizada pelo Sindicato, que iniciou no dia 15/2, com ato na
Câmara dos Vereadores.
Os servidores têm motivos de sobra para repudiar a GreenLine: foi
acusada de fraude em documentações no próprio IPSA em Licitação em
2016; foi recusada pelos trabalhadores da Prefeitura de São Caetano
pelos péssimos atendimentos e ainda foi proibida de participar de
licitações, segundo o Tribunal de Contas do Estado. Além
disso, na Prefeitura de São Bernardo, é alvo de constantes
reclamações dos servidores.
O Sindserv Santo André não descarta a possibilidade de ajuizar
medidas jurídicas cabíveis contra a empresa, caso ela seja a
prestadora de serviços.
Independente da posição do Governo, o Sindserv Santo André
não vai esmorecer e dará continuidade ao movimento em defesa
de uma Assistência Médica de Qualidade. Afinal, são mais de 26, 2
mil usuários beneficiados, entre servidores e dependentes, que
precisam ser tratados com dignidade, respeito e
responsabilidade!
Participe do 2º ato na Câmara dos Vereadores
O Sindicato convoca a categoria para participar do 2º ato em defesa
da Assistência Médica de Qualidade, que acontece nesta quinta-feira
(22), a partir das 16h, na Câmara dos Vereadores. Nossa
saúde e de nossos familiares estão em jogo! Participem!
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