Santo André, * *
Por: Viviane Barbosa, da Redação do Sindserv Santo André
Publicação: 04/03/2022
Durval Ludovico Silva, Representante Legal do Sindserv Santo André - foto: Dino Santos
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santo André (Sindserv SA) protocolou na última sexta-feira (4) aviso de paralisação dos trabalhadores para o prefeito Paulo Serra e Secretário de Administração e Modernização, Almir Cicote.
No documento, o Sindserv informa à
Administração que o objetivo é garantir uma ampla participação
dos servidores na Assembleia do Acordo Coletivo de
Trabalho, que acontecerá, no dia 10 de março, às 18h
no Paço Municipal.
"Para os servidores que neste dia tiverem horário de saída do
trabalho em horário posterior às 17h, sejam dispensados, a
partir das 17h, para que possam participar da
assembleia. No mesmo sentido, requeremos ainda, que os
servidores que irão ingressar no serviço, entre o horário das
17h às 19h, que também possam participar da
referida assembleia e paralisação", cita trecho do documento
encaminhado ao Prefeito Paulo Serra e ao Secretário de
Administração, Almir Cicote.
O Sindserv também solicitou que não sejam atribuídas
faltas, atrasos ou qualquer outra penalidade e/ou desconto pelas
horas da paralisação para participar na Assembleia.
Durval Ludovico Silva, Representante Legal do Sindserv
Santo André - foto: Dino Santos
“Queremos que todos possam acompanhar, participar e
esclarecer dúvidas sobre as pautas do Acordo Coletivo que estamos
negociando com a Administração. Propomos ao Secretário
Almir Cicote uma forma de compensação para que todos
possam participar da Assembleia”, informa o
Representante Legal do Sindserv Santo André, Durval Ludovico
Silva.
Impasse nas negociações
Sem correção salarial há dois anos, motivada pela lei federal 173 que congelou os reajustes salariais e biênios dos servidores públicos na pandemia, as negociações do Sindserv com a Prefeitura de Santo André até o momento não apresentaram avanços.
O maior impasse é a cláusula econômica proposta pela Administração, considerada insuficiente pelos trabalhadores porque não repõe a defasagem inflacionária durante o período sem reajuste.
Na última assembleia do Sindserv, realizada no dia 23 de fevereiro, os servidores e servidoras rejeitaram por unanimidade o parcelamento do reajuste salarial feito pela Administração. O índice seria 3% em maio e 4% em setembro. Essa é a segunda proposta econômica rejeitada pela categoria feita pela Prefeitura ao Sindserv, que aumentou 1% em comparação a primeira, saindo de 6% para 7%, mas dividida em duas vezes. Outro item econômico reprovado foi o pagamento mas só em setembro da cesta básica.
Proposta causa indignação
Os servidores estão indignados com essa contraproposta do governo de Paulo Serra. O motivo é que o funcionalismo não parou na pandemia de COVID-19, exercendo papel essencial na linha de frente no combate ao coronavírus.
“Essa proposta é uma vergonha. Estou há 32 anos no serviço público e só vi nesse governo esse modelo ‘casas bahias’, que quer parcelar todo acordo salarial. A gente não consegue parcelar a conta de luz, o gás e a água. Nossa reivindicação é o reajuste à vista para que possamos sobreviver e continuar prestando um serviço digno à população”, explica o Representante Legal do Sindserv Santo André, Durval Ludovico Silva.
Reivindicação é 16% para repor as perdas
inflacionárias
Os servidores lutam pelo pagamento da reposição inflacionária de 16%, que significa repor a inflação do período da data-base, ou seja, de maio de 2020 até 1º maio de 2022. Segundo estudo do Dieese, o acumulado até este mês de fevereiro, que totaliza nove meses de inflação, está atingindo 14,53%, e até maio a defasagem chegará a 16,53%.
Esse índice foi calculado com base no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE, sobre o poder de compra de acordo com o salário vigente.
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