Santo André, * *
Por: Viviane Barbosa, Redação do Sindserv Santo André
Publicação: 11/06/2021
card-Canal de Denúncias
Desde o dia 24 de maio, quando as aulas presenciais da rede municipal de ensino foram determinadas pela Prefeitura, o Canal de Denúncias da Greve Sanitária da Educação pela Vida do Sindserv Santo André não para de receber reclamações
O Sindicato está recebendo denúncias de trabalhadores da Educação e até de pais de alunos. No centro das queixas está o medo da comunidade escolar contrair COVID-19 nas escolas/creches. As principais queixas relatam suspeitas/casos de contaminação de professores/funcionários/alunos pelo novo coronavírus.
Levantamento preliminar em 20 unidades
escolares denunciadas (17 Emeiefs - Escola Municipal de
Educação Infantil e Ensino Fundamental - e três creches) mostra
36 casos entre o total de confirmados/suspeitos com COVID-19
entre funcionários, professores e alunos. Desse total,
17 casos foram confirmados com a doença e 19 são
suspeitos, ou seja, os profissionais estão com sintomas,
mas ainda dependem de testes para apurar o resultado.
Até o dia 11 de junho, as denúncias contabilizaram
11 escolas com casos confirmados e 10 com casos
suspeitos. O Sindicato também recebeu denúncias de problemas
estruturais em algumas unidades que desrespeitam os protocolos
sanitários recomendados para evitar a contaminação pelo
vírus.
São os casos da Emeief Professor Nicolau Moraes Barros e da
Creche Professora Yonne Cintra de Souza. Segundo a denúncia, as
janelas são viradas para dentro da escola, as salas são grandes,
porém, não há ventilação.
“O banheiro dos professores e a sala da Secretaria também não têm
janelas, necessitam de reforma para atender aos protocolos
sanitários”, relata o denunciante.
Já a Creche Evangelina Jordão Luppi tem uma estrutura de sobrado e os corredores são estreitos e fechados para a circulação de adultos e crianças.
Na Emeief Demercindo, a unidade é pequena, os corredores estreitos e não houve testagem antecipada dos profissionais e a Prefeitura não forneceu as máscaras.
“Na sala não há distanciamento físico, pois em algumas dá 50cm apenas entre as pessoas; não há rede wifi em todas as salas e muito menos computadores”, relata.
Escolas com aulas suspensas após casos confirmados de COVID-19
Até a última atualização do Boletim de Denúncias, no dia 10 de junho, cinco Emeiefs suspenderam as aulas por casos entre os funcionários e alunos confirmados de COVID-19: Emeief Dom Jorge Marcos de Oliveira, Estevam de Faria Ribeiro, Mariângela Ferreira Aranda Fuzetto, Augusto Boal, e Sylvia Orthof. Essas unidades estão fechadas pelo período de 5 a 15 dias.
As diretoras do Sindicato, Mirvane e Daisy, foram à unidade Dom Jorge na segunda-feira (7) e após constaram cinco casos de funcionários, sendo três com suspeita e dois confirmados com o novo coronavírus, denunciaram à Secretaria de Educação, que ordenou o fechamento.
“É um descaso com a vida de nossos alunos e companheiros de trabalho, mesmo com o esforço da gestão e dos professores, a escola funcionou normalmente na manhã do dia 7/6”, explica a professora e diretora do Sindicato, Daisy Dias.
Falta de água
Já a Emeief Cora Coralina suspendeu, no último dia (2), as aulas após o Sindserv denunciar à Secretaria de Educação a falta de água. A escola chegou a funcionar, sem água, das 11h até 15h.
Até as professoras/professores e trabalhadores dessa unidade que tinham sido obrigadas pela Diretoria da Emeief a permanecerem no local até 21h30, para realizarem reunião pedagógica semanal (RPS), também foram liberados após a denúncia do Sindicato.
Com identificar um surto
“Dois casos ou mais de COVID-19 na escola é classificado como surto, segundo a Vigilância sanitária”, explica a diretora do Sindicato, a professora Mirvane Dias.
A sindicalista ressalta que os contactantes, ou seja, as pessoas que tiveram contato dentro da escola com profissionais contaminados, antes de aparecerem os sintomas, precisam se afastar para fazer testes.
Sindserv reitera pedido à Prefeitura da suspensão da aula presencial com manutenção do ensino remoto
O Sindserv Santo André enviou na quarta-feira (9) ofício à Secretaria de Educação e à Prefeitura alertando sobre as denúncias e reiterou o pedido de suspensão imediata do atendimento presencial nas unidades escolares com a manutenção do ensino remoto, até que sejam vacinados todos os profissionais da Educação e garantidas as condições adequadas de EPI’s, álcool em gel, distanciamento e outras medidas, em preservação da vida dos trabalhadores, alunos e pais.
“Esperamos que o Prefeito Paulo Serra cumpra com sua promessa de
imunizar todos os trabalhadores da Educação e também atenda os
protocolos de segurança nas escolas, para que todos possam voltar
às salas de aula de forma segura, não colocando em risco a vida da
comunidade escolar e de suas famílias”, reforça a sindicalista
Mirvane.
Acesse aqui o Boletim de Casos - Levantamento Preliminar -
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