Santo André, * *
Por: Viviane Barbosa, Redação do Sindserv Santo André
Publicação: 21/05/2021
Carreata em Defesa da Vida e da Greve Sanitária no dia 17 de maio - foto: Tiago Oliver
Trabalhadores e trabalhadoras da Educação realizaram Carreata em Defesa da Vida e da Greve Sanitária, no dia 17 de maio (foto), que saiu do Portão 5 da Craisa e terminou com um ato em frente ao Paço Municipal de Santo André.
O movimento, organizado pelo Sindserv Santo André, chamou
atenção da população e da Administração Municipal sobre o
absurdo do retorno das aulas presenciais em meio à pandemia de
COVID-19, determinado pelo prefeito Paulo Serra
(PSDB).
Só no Grande ABC o número de mortes chegou a 8 mil e no estado de
São Paulo ultrapassou 102.934 mortes. O Brasil perdeu mais de 430
mil brasileiros e brasileiras para esse terrível vírus. Hoje
o país é o segundo maior em número de mortes, atrás apenas dos
Estados Unidos.
Em assembleia, realizada no dia 13 de maio, os educadores aprovaram Greve Sanitária contra o Decreto Municipal 17.679 que determina o retorno de forma gradual a partir do dia 24 de maio.
O retorno à sala de aula, segundo Paulo Serra, acontecerá em
etapas e não será obrigatório. Ele disse que voltariam
preferencialmente as professoras/professores que foram
vacinados.
No entanto, o número de profissionais vacinados é muito baixo. Hoje
estão sendo vacinados educadores acima de 47 anos, muitos correm o
risco de não receberem a segunda dose da vacina, por causa da falta
de insumos.
"Mais uma vez tomamos conhecimento do retorno das aulas
presenciais pela rádio, nem a Secretaria de Educação tinha essas
informações. Um absoluto desrespeito com todos nós profissionais,
que seguimos trabalhando remotamente nesta pandemia e sem condições
de trabalho. O retorno agora é assistir a morte de colegas ou a
nossa própria morte, e não queremos isso. Nossa Greve é pela Vida”,
disse a diretora do Sindserv Santo André, a professora Daisy
Dias.
O Sindicato protocolou, no dia 14 de maio, ofício de
greve ao Prefeito Paulo Serra, ao Secretário de Administração,
Pedro Seno, e à Secretária de Educação, professora Cleide
Bochixio.
No documento, o Sindicato também reivindica a abertura de uma mesa
de negociação.
LUTA PELA VIDA
Os profissionais defendem o retorno à sala de aula com a garantia
de medidas e procolos de segurança contra a Covid-19, testagem em
massa, fornecimento de EPIS e vacinação para toda comunidade
escolar.
RISCOS DE CONTRAIR COVID-19
NAS ESCOLAS
O prefeito Paulo Serra justificou em sua live, no dia 12
de maio, “que as crianças não transmitem COVID-19”, mas não é
bem assim. Estudo recente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz),
da Universidade da Califórnia e da London School of Hygiene and
Tropical Medicine indica que as crianças têm mais risco de se
infectarem com o vírus, mas não transmitem aos adultos somentese as
escolas e creches adotarem todas as medidas de segurança contra a
Covid-19 e os profissionais da Educação estiveram adequadamente
imunizados.
Em Santo André, a realidade é bem diferente: somente 24% dos
educadores foram até agora imunizados e as escolas/creches não têm
condições sanitárias, que os pesquisadores recomendam.
Em Santo André, a realidade é bem diferente: somente 24% dos
educadores foram até agora imunizados e as escolas/creches não têm
condições sanitárias, que os pesquisadores recomendam.
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