Santo André, * *
Por: Vanessa Barboza, Redação Sindserv Santo André
Publicação: 08/02/2019
Rodrigo Gomes, diretor do Sindicato na Tribuna (Fotos: Dino Santos/Mídia Consulte)
Em defesa do Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André (Semasa) público e contra a falta de água que vem afetando a cidade, servidores semasianos e a população andreense lotaram a Câmara Municipal nesta quinta-feira (7). A mobilização foi organizada pelo Sindserv Santo André e o pelo movimento Semasa é Nosso.
Durante a Tribuna Livre, a direção do Sindicato e trabalhadores do Semasa alertaram a população sobre a intenção da Prefeitura de vender para a Sabesp o maior e mais rentável patrimônio da cidade. A Administração alega que o Semasa gera prejuízos, mas o patrimônio vale mais de 10 bilhões de reais.
Conta mais cara
Daniel Bonavita, trabalhador no Semasa
Em sua fala na Tribuna, o servidor do Semasa, Daniel Bonavita, alertou que a Sabesp só visa o lucro e que a entrega vai pesar no bolso do andreense. “As pessoas estão iludidas que entregar para Sabesp é a solução, mas se hoje a gente tem uma conta de 100 reais, caso entregue, vamos pagar 118 reais. O Semasa é uma autarquia de gestão municipal. Já a Sabesp é uma empresa mista que precisa pagar ICMS. Uma parte da água de Santo André é tratada pelo Semasa, o custo disso em 2018 era 0,98 centavos. A Sabesp cobra hoje R$1,98. Se ela virar dona do serviço vai cobrar 1 real a mais. Não é o melhor negócio. As dívidas podem ter um novo encaminhamento, não precisa entregar o Semasa de graça”, disse Bonavita.
Patrimônio do povo andreense
Washington Carlos, trabalhador no Semasa
O engenheiro químico e trabalhador no Semasa, Washington Carlos, salientou que a água é uma questão de saúde pública, bem patrimonial de todos, portanto deve ser administrada por um órgão público. “O setor privado apresenta tragédia e só visa o lucro. Muitas vezes o Estado que arca com prejuízo da má gestão. Vemos o caso de Brumadinho no qual a ganância matou mais de 200 pessoas. A população precisa estar do lado do Semasa e não deixar que a opinião pública acabe com ele. O Semasa é uma autarquia que foi construída ao longo de 48 anos com o suor e trabalho do povo andreense. Ele é uma referência que cuida de água, esgoto, drenagem e resíduos. A água não pode ser um patrimônio privado ela é um presente da natureza é um patrimônio de todos, público!”, alertou sob aplausos.
Washington disse também que na época de campanha eleitoral o prefeito Paulo Serra fez promessas. “ Ele foi até a Associação de Servidores do Semasa e disse que era importante “matar as pulgas e não o cachorro”, ou seja, liquidar a dívida e não o Semasa. É impreterível que haja uma audiência junto com a Sabesp para esclarecer as dívidas. A Sabesp não pode ficar se esquivando para prestar esclarecimentos”, cobrou.
Auditoria Já
Rodrigo Gomes, diretor do Sindicato
O diretor do Sindserv Santo André, Rodrigo Gomes, reforçou na Tribuna que as “dívidas” do Semasa devem passar por uma auditória. “Só se fala que o Semasa deve, mas não sabemos quanto. Queremos uma auditoria urgente conduzida pela Câmara. Nosso patrimônio não pode ser entregue por uma empresa que como a Sabesp que não tem compromisso nenhum com a nossa cidade. Além disso, o Semasa corre sérios riscos por conta dessa privatização. Não temos a garantia de emprego e nem da preservação do meio ambiente. E essa medida afetará todos os pais e mães de família que há 50 anos se dedicam ao nosso patrimônio. O Semasa é nosso!”, finaliza Gomes.
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